Fundos de Renda Fixa: diversificação no alicerce da independência financeira

Categoria de investimentos é uma boa opção para quem já possui uma reserva de emergências
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Os fundos de renda fixa são uma opção para quem já possui uma reserva de emergências.

Quando falamos sobre investimentos, a primeira coisa que vem à mente de muitas pessoas são as ações de empresas listadas na Bolsa de Valores, mas essa é apenas uma das muitas opções de ativos disponíveis para investirmos. Por isso, neste artigo, eu quero continuar a sequência de conteúdos sobre fundos de investimentos, mas focando naquela categoria que é (ou deveria ser) a porta de entrada de todo mundo que quer construir um patrimônio com investimentos inteligentes: a renda fixa.

A renda fixa deve ser o pontapé inicial dos investimentos. Nela, estão os produtos financeiros que nós precisamos para construir o alicerce do nosso patrimônio. Assim como em uma casa, o alicerce da nossa vida financeira deve ser sólido o suficiente para suportar crises econômicas, períodos de turbulência nas finanças pessoais e oferecer estabilidade entre os altos e baixos da vida.

É por isso que a reserva de emergências é alocada em ativos de renda fixa, por isso também que no meu método de investimentos, a renda fixa tem um papel fundamental. A renda fixa pode não te tornar rica, mas vai te garantir tranquilidade.

Os fundos de renda fixa são uma opção para quem já possui uma reserva de emergências. Quem ainda está no processo de acumular a reserva pode usar os fundos DI, que têm alta liquidez e acompanham as variações do CDI. Hoje eu vou falar mais sobre as diferenças entre esses fundos e como usá-los na sua carteira de investimentos.

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Importante: com a normalização da taxa de juros iniciada pelo Banco Central, os fundos de renda fixa e DI irão performar melhor! Esses fundos investem em produtos atrelados ao CDI e à Selic e, se os juros do país sobem, o rendimento deles também.

Mulheres que lucram com Fundos DI

Os fundos DI são aqueles que investem 95% do seu patrimônio em títulos públicos pós-fixados, atrelados à variação da taxa do CDI ou da Selic, que por sua vez acompanham a variação dos juros da economia. Logo, os fundos DI oferecem baixa volatilidade e segurança para quem investe. É por isso que são considerados uma opção para a nossa reserva de emergências.

Os fundos DI acompanham a rentabilidade do CDI, que é um dos principais referenciais da renda fixa. A rentabilidade final dos fundos, no entanto, pode ser um pouquinho abaixo do CDI, já que no fundo pode haver ainda a cobrança de taxas, por isso é importante saber quais são as taxas cobradas antes de realizar qualquer investimento, principalmente em fundos.

Os fundos DI têm uma vantagem em relação a outros no mercado: altíssima liquidez. Isso quer dizer que você pode converter o seu investimento em dinheiro em D+1 ou D+0, que significam, respectivamente, em até um dia útil ou no mesmo dia da solicitação do saque (em dias úteis).

Tenha em mente que tempo na renda fixa é dinheiro. Então, quanto mais longo for o prazo de um investimento, maior será a rentabilidade oferecida pelo mercado. Como os fundos DI têm liquidez diária, eles oferecem uma rentabilidade mais baixa, atrelada ao CDI, mas ainda assim melhor que a rentabilidade atual da poupança.

Apesar da alta liquidez, as mulheres que lucram precisam saber que os resgates nos fundos DI realizados com menos de 30 dias são tributados com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Logo, evite realizar um resgate em menos de 30 dias após a aplicação.  Caso haja saque em 30 dias, a alíquota cobrada sobre o seu rendimento irá variar entre 96% e 0%, de acordo com o prazo em que o dinheiro ficou investido.

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Os fundos DI também têm a rentabilidade tributada de acordo com a tabela regressiva do imposto de renda, logo, quanto maior o tempo do investimento, menor será o tributo devido. Não precisa se preocupar com o pagamento do imposto: ele é cobrado nos meses de maio e novembro de forma automática sob os seus rendimentos no fundo pelo sistema come-cotas.

Mulheres que lucram com os Fundos de Renda Fixa

Já os fundos de renda fixa vão incluir em seu portfólio produtos financeiros que seguem não apenas o CDI, mas também outros títulos prefixados de baixo risco, como títulos do Tesouro Direto, CDBs e etc. Para ser classificado como um fundo de renda fixa, 80% do patrimônio do fundo deve estar investido em ativos atrelados à variação da taxa de juros ou a índices de preços, como o IPCA, por exemplo, que mede a inflação.

Assim, os fundos de renda fixa têm o potencial de oferecer uma rentabilidade melhor que os fundos DI, mas atenção: uma das principais diferenças entre eles é a liquidez, ou seja, o prazo em que você pode resgatar o seu investimento. Enquanto os fundos DI têm como característica o resgate rápido, nos fundos de renda fixa esse prazo pode variar bastante, de acordo com as regras de cada fundo. É preciso atenção a essas informações antes de investir!

Assim como nos fundos DI, os de renda fixa também podem ter cobrança de IOF nos saques com menos de 30 dias e são tributados pelo sistema regressivo da tabela do imposto de renda: deixar o dinheiro investido por mais tempo significa pagar menos tributos!

Esses fundos podem ser um excelente complemento à sua carteira, já que oferecem diversificação e gestão profissional, mas vale ficar atenta às taxas cobradas, já que elas diminuem a rentabilidade final do seu investimentos.

Vale a pena investir em fundos DI e de renda fixa?

Se as taxas cobradas pelos fundos não forem abusivas, com toda a certeza. Como eu disse no início, a renda fixa é o alicerce, a base da nossa carteira de investimentos e, com os fundos, conseguimos diversificar os nossos recursos entre diferentes produtos financeiros, diminuindo assim os riscos a que estamos expostos.

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Lembre-se que os fundos DI são a opção para a reserva de emergências e os de renda fixa compõem a base do seu patrimônio. Investindo nos produtos certos, respeitando os prazos e mantendo a consistência de investir todos os meses é que construímos o alicerce da nossa independência financeira.

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