Bom, o que eu venho trazer para você é uma pergunta: você é uma líder autêntica? É importante identificar isso porque a autenticidade é o grande segredo dos líderes realizadores.
Vou traduzir.
A autenticidade, para mim, se traduz na coerência entre o discurso e a prática.
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Um exemplo: se você trabalha no mundo corporativo, sabe que existem as convenções, as reuniões e metas de resultado. É nesse momento que os executivos e gestores não podem ver o microfone que já vão à frente e falam sobre os objetivos da companhia, dizem que vamos trabalhar duro, que é preciso exercer a função com honestidade, eficácia e comunicação. Além, é claro, das tantas outras coisas mais que são ditas sob a âncora motivacional. A pergunta aqui é: a instrução dada no microfone é cumprida pelos que comunicam as regras?
Todos, incluindo você, estão ali na condição de instruir, conduzir reuniões para poder fazer um trabalho coerente, certo?
Vamos supor que você é uma executiva de mais alto nível e alega para todos os colaboradores que o orçamento é base e que as regras devem ser seguidas. Mas ao fazer as suas viagens, você gasta excessivamente em hotéis, bebidas e jantares e coloca na sua notinha fiscal outro tipo de reembolso. O que isso representa?
Dois exemplos básicos de comportamento. E quem trabalha no mundo corporativo sabe que profissionais assim existem, certo?
Você deve ser o exemplo e praticar, em primeiro lugar, a política vigente. Não é porque você está na condição de gestora que tem o direito de ser diferente em relação aquilo que você diz sobre o que as pessoas devem fazer. Faz sentido?
Certa vez, eu estava participando de uma reunião na qual seria decidido o uniforme de alguns colaboradores, especificamente para a área da central de atendimento.
Lá, estava um grupo de gerentes selecionados pela alta direção da companhia para decidir questões estratégicas. Na hora de escolher o tecido da roupa, alguns gerentes preferiram decidir pelo mais barato, que era, naquele caso, um tecido extremamente desconfortável.
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Com base neste comportamento, questionei quem estava ali se eles usariam tal roupa para trabalhar ou comprariam uma camiseta feita com o tecido. A resposta unânime foi não. Rebati ainda questionando sobre o que os fazia pensar que os colaboradores se sentiriam confortáveis em passar dez horas, no mínimo, com a vestimenta proposta.
Coerência, na minha opinião, é eu exigir para o outro algo que eu faria também. E a pergunta é: você é autêntica? O seu líder é autêntico?
Busque nas suas atitudes, nos seus pequenos gestos, essa coerência e você terá grande respeito e autoridade da sua equipe. Faz sentido?
Forte abraço e até o próximo bate papo!
Amanda Gomes é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Gestão de Varejo pela Fia USP, possui MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral e é CEO e cofundadora do Instituto Geração Soul
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