Falta pouco. Ainda nesta semana, pipocam os primeiros balanços de companhias do terceiro trimestre do ano.
Se você investe em ações, debêntures ou tem a intenção de fazer isso um dia, acompanhe nossa coluna Ordinárias e Preferenciais dos próximos dias. Vamos detalhar tudo para você.
Saiba que ser sócio bem-sucedido de uma empresa requer conhecimento sobre ela. Não é simplesmente achá-la simpática ou arrojada. Não significa apenas ver comerciais desta companhia na TV ou outras mídias. Até porque, ela pode estar usando o marketing para atrair acionistas ingênuos enquanto as finanças andam péssimas.
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Eu mesma já tive balanço nas mãos de companhia com planos de abrir capital na bolsa. Dono cheio de graça, marqueteiro que só. As finanças estavam bem ruins. Não foi apenas o meu olhar, mas o do auditor independente que assinou o balanço desta empresa. Faz quase três anos isso. Esta companhia ainda não conseguiu fazer seu IPO e lançar ações na bolsa.
As companhias listadas em bolsa de valores, ou seja, com ações negociadas na B3 ou outra bolsa no mundo, são obrigadas a divulgar suas finanças para os acionistas e ao mercado em geral a cada três meses. Por isso são classificadas como empresas de capital aberto. No balanço, tem tudo. Mas é necessário saber olhar com atenção e descobrir os números realmente importantes para você.
Onde encontrar o balanço? Na página de relações com investidores do site desta companhia. Se você for lá, já poderá ver até o dia e o horário em que o balanço será divulgado. Será uma apresentação em formato PDF, às vezes toda cheia de fotos, gráficos e charme. Outras vezes, bem simples e direta.
Há truques para ver os números mais importantes ali no balanço. Isso porque, muitas vezes, a empresa “disfarça” aquele resultado que não foi tão bom naquele trimestre. Está lá, mas fica escondidinho ou lá no fim do documento. A empresa destaca o que foi bom, coloca lá no começo da apresentação, mas deixa o resultado de má performance bem discreto, cheio de vergonha.
Bonito é ver um balanço corajoso que assume seus problemas de cabeça erguida e diz logo a que veio. Olha, tive prejuízo líquido este trimestre por causa disso, disso e daquilo. Pronto! Dói, mas assim é a vida. Altos e baixos.
Estamos falando do documento (release) de apresentação do balanço, quando a empresa explica seus resultados. A parte dos números é padrão mesmo, fica lá para o final, e a empresa não tem o que fazer senão colocar a verdade ali do jeito que manda a norma técnica. Também vamos te ajudar a ler e entender esta planilha. Acompanhe a coluna!
Falando de pregão, a bolsa deu refresco ontem, apesar ainda dos temores com o desrespeito ao teto de gastos do governo no programa social que foi confirmado a R$ 400,00 mensais. Vi gente ironizando nas redes sociais que gostaria de ver a reeleição só para saber como o governo iria lidar como rombo no orçamento. Brasil é o país do jeitinho, da falta de planejamento e de preocupação com as gerações futuras.
O noticiário corporativo segue agitado. Vamos com algumas.
Petrobras (PETR3, PETR4) divulgou relatório de produção e vendas do terceiro trimestre do ano com alta anual de 1,2% na produção média de petróleo, líquido de gás natural e gás natural totalizando 2,8 milhões de barris equivalentes por dia (boed). O pré-sal produziu 2,01 milhões de barris equivalentes por dia, respondendo por 71% do total da companhia no período.
Banco BMG (BMGB4) anunciou a compra da fintech O2OBOTS para chatbot, aquele robozinho que conversa com a gente no chat do site da empresa. O valor da operação não foi divulgado e a conclusão do negócio ainda depende de aprovação do Banco Central. Segundo o BMG, a aquisição faz parte da estratégia de expansão e criação de novas unidades de negócios.
Braskem Idesa, subsidiária mexicana da brasileira do setor químico Braskem (BRKM5), anunciou aprovação interna para o acordo com a estatal mexicana Pemex para a construção de um terminal de importação de etano. Autoridades do governo daquele país também assinaram o acordo.
Embraer (EMBR3) anunciou a entrega de 30 jatos no terceiro trimestre de 2021. Do total, nove aeronaves comerciais e 21 jatos executivos. Em 30 de setembro, a carteira de pedidos firmes da companhia totalizou US$ 16,8 bilhões, segundo a companhia.
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