Criptomoedas: o futuro do dinheiro

Em um tempo de inovações tecnológicas, a maneira como fazemos nossas transações financeiras e investimentos também está mudando
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Nos últimos anos, a revolução tecnológica mudou diversos aspectos de nossas rotinas. Os modos como consumimos, nos comunicamos, nos entretemos e até como nos locomovemos mudaram. Com o dinheiro não seria diferente. A tecnologia deu origem a uma nova categoria de moeda, que vem se popularizando como forma de investimento: os criptoativos. Segundo uma pesquisa realizada pela FGV, o número de investidores brasileiros de criptomoedas dobrou entre 2020 e 2021, mostrando a popularidade do investimento

Esses ativos virtuais surgiram após a crise de 2008 com o intuito de oferecer uma alternativa para realizar transações financeiras e pagamentos diretamente entre indivíduos e empresas, sem a necessidade da intermediação de instituições financeiras e governos. A criptomoeda é um desses ativos: uma moeda virtual, que não possui versão física, protegida por criptografia. Ou seja: o dono de um bitcoin, por exemplo, uma das criptomoedas disponíveis atualmente e a pioneira, é dono, na realidade, de um código.

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O bitcoin é a estrela dos criptoativos. Desde o seu surgimento, em 2011, acumula valorização de mais de 1.548.831%, sendo cotada atualmente a R$ 274 mil. O desempenho foi tão surpreendente que personalidades como Elon Musk e Gisele Bündchen já demonstraram interesse neste universo.

Mas, afinal, o que fez as criptomoedas se valorizarem tanto em tão pouco tempo? Em primeiro lugar, é preciso entender que o diferencial dessas moedas é a tecnologia envolvida, e esse foi um fator importante para atrair investidores que têm uma queda pela inovação. 

Do ponto de vista financeiro, o destaque é o fato de as moedas digitais não estarem atreladas ao governo, como o real está ao Brasil e o dólar aos Estados Unidos. Por não ser de “ninguém”, elas não sofrem as interferências diretas dos mandos e desmandos das autoridades estatais, o que acaba sendo uma vantagem.

Já na economia, as criptomoedas facilitam as transações e derrubam, de uma vez por todas, qualquer barreira geográfica. Algumas companhias, como a Tesla, fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk, já começaram a cogitar aceitar bitcoins como forma de pagamento. Conforme a moeda for mais e mais aceita em todo o mundo, os custos das transações ficarão cada vez menores, uma vez que não há nenhum tipo de tributação ou órgão regulador. 

Para  completar, as empresas podem utilizar a moeda como forma de investimento e aumentar sua rentabilidade. O aumento da rentabilidade, consequentemente, aumenta o capital de giro dos negócios, o número de empregos e, finalmente, o  nível de consumo, estimulando a economia como um todo.

No entanto, quando pensamos em criptomoedas, é necessário ter visão de futuro, pois elas ainda são recentes na história econômica – sua trajetória não possui nem duas décadas. Dessa forma, sua aceitação como moeda de transação – uso para a compra de produtos – ainda é baixa. Porém, ao que tudo indica, este será o futuro do dinheiro.

Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos certificada

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