Conheça os 5 estágios da paixão

Cada um deles influencia nossos níveis hormonais de uma forma e afeta diretamente nosso comportamento
avatar Carol Filgueiras

Quando alguém disser que as emoções não estão ligadas ao nosso estado emocional, experimente perguntar como essa pessoa se sentiu quando se apaixonou pela primeira vez. Provavelmente ela vai se lembrar de ter ficado sem comer ou dormir, do estado de ansiedade que vivenciou e das famosas borboletas que atravessaram seu estômago.

O Dia dos Namorados está chegando. Apaixonar-se tem um grande impacto no nosso corpo, e é legal entendermos os efeitos para nos cuidar melhor.

Os estágios podem ser divididos em cinco etapas. E cada uma delas influencia nossos níveis hormonais e afeta diretamente nossos comportamentos. Vamos entender cada passo?

1. Desejo

Esta é a primeira fase do amor, conduzida pelos hormônios sexuais estrógeno e testosterona – em homens e mulheres. Há o afloramento da libido e o frio na barriga (as famosas borboletas no estômago). Em contrapartida, nossa produtividade cai. Quando começamos a nos apaixonar, só pensamos em estar com o nosso amor, e ficamos perdidas em pensamentos. Nesta fase, não necessariamente ficamos com a pessoa desejada – ou podemos ter ficado com ela apenas uma única vez.

2. Atração

Este é o momento em que estamos realmente apaixonadas e não conseguimos pensar em mais nada. É uma fase que pode aumentar nosso estresse: podemos sentir menos vontade de dormir ou comer e sentir nossa energia aumentar com a ansiedade de estar feliz. A concentração comeca a cair e fica difícil até de trabalhar. Além disso, “os amantes geralmente idealizam seus parceiros, ampliando suas virtudes e desculpando suas falhas”, diz Ellen Berscheid, uma das principais pesquisadoras sobre a psicologia do amor.

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O corpo libera neurotransmissores chamados monoaminas, substâncias que aceleram o ritmo cardíaco e disparam ondas de prazer intenso, mesmos efeitos causados por algumas drogas.

3. Assimilação

Neste estágio, a mente começa a dar uma acalmada. Vem a reflexão de saber se aquela é a pessoa certa ou não. É neste momento que conhecemos melhor o outro, então temos mais informações para avaliar. Nossa rotina muda e temos que absorver compromissos que envolvem a outra parte.

4. Honestidade

Nesta fase, já começamos a conhecer a pessoa pelo que ela é. E como nos apresentamos para o outro. Algumas delas se revelam mais rápido, outras demoram, já que a ideia é não causar conflito. Cuidado para não engolir sapos e deixar de posicionar valores que são importantes para você.

Nesta etapa, acabamos formando padrões de relacionamento. Então, se você não falar para seu namorado(a) o quão importante é, por exemplo, a pontualidade – ou comunicar quando ele (a) não for pontual -, fica mais difícil “negociar” isso mais tarde.

É importante desenvolver uma boa comunicação, na qual ambos possam se expressar sem discussões: criar espaço para divergência de opiniões, expressar vulnerabilidades, aceitar a individualidade do outro sem “moldá-la” segundo nossos interesses.

Questione se você continua projetando o que gostaria que o outro fosse ou se está gostando de quem a pessoa é. Estar apaixonada ou ter objetivos de casar – estar com alguém gera pontos cegos em reconhecer a realidade. Preste atenção, escute seus sentimentos e dê espaço para avaliar a evolução da relação. Permita-se se decepcionar e não se culpe se, ao longo dos meses, chegar ao entendimento de que aquele não é um bom match para você. Esta fase pode aumentar nosso nível de estresse.

5. Estabilidade

Depois de atravessar todos estes desafios – a montanha-russa emocional dos estágios anteriores – se você estiver no caminho apropriado, a intimidade e a confiança entre o casal tende a aumentar.

Consequentemente, as pessoas ficam mais felizes e os hormônios novamente entram em ação para ajudar. A ocitocina aprofunda os laços e a vasopressina reforça os sentimentos de apego, o que deixa o vínculo mais forte.

A estabilidade, então, chega. O que você vai fazer com ela são outros quinhentos. Cuidado para não se acomodar e não deixar de regar a relação com o afeto e carinho do início, quando tudo era novo, cheio de descobertas e surpresas gostosas.

Dizem que “não é o amor que sustenta o relacionar, mas o relacionar que sustenta o amor”. Se você prestar atenção, pode evoluir na parceria que sempre sonhou, seja para casamento, para criar filhos ou, simplesmente, para ter um parceiro (a) para viajar pelo mundo.

A escolha é toda sua. E o melhor: você merece!!!

Carol Filgueiras é empresária, cineasta, hoteleira e responsável pela expansão da marca de produtos de beleza Santapele, nascida no Hotel Emiliano

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