Anbima classifica instituições financeiras em cinco diferentes perfis no que diz respeito às práticas ESG

Sigla designa um conjunto de ações com vistas à governança ambiental, social e corporativa
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Maior número das instituições pesquisadas ainda está distante de incluir as práticas ESG nas estratégias de atuação (Foto: @cupofcouple/ Pexels)

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) fez um levantamento e identificou cinco perfis de instituições financeiras no que diz respeito às práticas ESG – governança ambiental, social e corporativa, da sigla em inglês.

O mapeamento ocorreu por meio de uma pesquisa liderada pela consultoria estratégica Na Rua, que coletou os depoimentos de executivos de bancos, corretoras e gestoras de recursos sobre o assunto. Por fim, os dados foram quantificados pelo Instituto Datafolha e houve a delimitação dos perfis de cada companhia. 

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De acordo com o estudo, os cinco perfis são:

Desconfiado: corresponde a menor parcela do mercado – 4,2% – e inclui entidades cuja média de ativos sob gestão é de R$ 1,4 bilhão. O perfil desconfiado enxerga a sustentabilidade como uma ameaça para o negócio e ainda não traçou estratégias para adotar o ESG;

Distante: abrange a maior parte das empresas pesquisadas – 35% – e média de ativos sob gestão de R$ 2,3 bilhões. Esse perfil é formado, em sua maioria (85%), por assets, que enxergam o ESG apenas como um compromisso com o meio ambiente. Para muitas delas, as práticas ainda estão distantes dos planos, principalmente para as que possuem escritórios pequenos;

Iniciado: corresponde a 32,1% do mercado, com negócios que têm, em média, R$ 4,3 bilhões de ativos sob gestão. São companhias que já adotaram ações internas ligadas às questões ambientais, como uso de lâmpadas de led e incentivo à coleta seletiva. Essas atitudes são vistas como uma maneira de transformar o negócio, e, por isso, a maior parte é formada por pequenas empresas;

Emergente: engloba 21,5% das empresas que possuem, em média, R$ 7,2 bilhões de ativos sob gestão. São aquelas que veem o ESG em sua totalidade e levam em conta os compromissos ambientais, sociais e governamentais. Por isso, essas companhias se engajam mais na implantação de ações que contemplam as práticas indicadas pela sigla, como o estímulo aos funcionários para que eles se envolvam em atividades voluntárias, por exemplo.

OLHA SÓ: Para 79% dos investidores, práticas de ESG da empresa influenciam sua tomada de decisão

“As questões relacionadas à governança corporativa são priorizadas por serem vistas como uma preocupação cara para instituições que cuidam do dinheiro de terceiros e precisam de transparência e de uma política anticorrupção”, afirma Cacá Takahashi, vice-presidente da Anbima e coordenador do Grupo Consultivo de Sustentabilidade da Associação, explicando que, no perfil emergente, as iniciativas ESG têm mais influência no quesito de governança. 

Engajado: abrange 6,8% do mercado, com instituições que têm ativos sob gestão de, em média, R$ 2,8 bilhões. É o perfil mais desenvolvido nas estratégias ESG, uma vez que as práticas fazem parte do compromisso dessas empresas, que têm ações bem definidas e alinhadas às indicações ambientais, sociais e governamentais, além de incluí-las nas decisões estratégicas e manterem transparência quanto aos clientes e parceiros. 

(Com Reuters)

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