A startup de recrutamento e seleção digital Gupy, liderada por Mariana Dias, acaba de receber Tamara Braga como a nova head de inclusão, equidade e diversidade. Negra e integrante da comunidade LGBTQIAP+, a profissional ficará responsável por liderar a área de D&I da companhia, aumentando a inclusão nos serviços e no quadro de colaboradores.
Nascida em uma comunidade carente do Rio de Janeiro, Tamara relata que já encarou dificuldades como o despejo e a fome. Mas, com a ajuda de projetos sociais, acabou conseguindo bolsas de estudo que colaboraram para o seu desenvolvimento. “Espero que meus passos facilitem o caminho de outras pessoas de grupos minorizados”, afirma.
A head de diversidade também destaca que passou a reconhecer ainda mais o preconceito de etnia, sexualidade e gênero nos últimos anos, quando deu os primeiros passos no mercado. “Sempre soube da minha vulnerabilidade econômica, mas nem sempre eu me reconheci como uma mulher negra e LGBTQIAP+”, conta. “Desde que me formei, no entanto, passei a me deparar com processos seletivos, cursos de inglês e intercâmbios onde eu era a única representante de um grupo minorizado”, afirma.
Graduada em engenharia química pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Tamara chegou a atuar com controle de qualidade em empresas como Piraquê, Coca-Cola e Embelleze. Em 2019, a executiva passou a se dedicar à área de recrutamento e pessoas, passando por companhias como Ambev, Whirlpool Corporation e ELLA Global Comunity. Na Heineken, onde permaneceu por oito meses, a executiva respondeu como líder de diversidade, equidade e inclusão.
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Além do bacharel, a profissional também conta dois MBAs: um em sustentabilidade, pela Universidade Castelo Branco (UCB), e outro em liderança inclusiva, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Desde o último ano, Tamara ainda é voluntária nas organizações Grupo Mulheres do Brasil e Gerando Falcões.
Na nova posição, a executiva espera inspirar e impulsionar a participação de mais profissionais diversas no mercado. “Luto todos os dias para que outras mulheres possam alcançar seus espaços sem medo, sem fingir ser quem não são”, conclui.
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