Quem é a designer por trás da jaqueta da sorte de Arthur Aguiar

Erika Facuri abriu sua marca em 2005, investindo no mercado de slow fashion por meio de roupas bordadas à mão
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Reprodução Instagram
Erika Facuri criou a sua marca em 2005, com o objetivo de impulsionar sua visão de que o bordado é uma forma de arte (Foto: Divulgação)

Dentro da casa mais vigiada do país – vulgo “Big Brother Brasil” -, uma peça de roupa chamou a atenção dos telespectadores tanto quanto os próprios participantes: a jaqueta de Arthur Aguiar. Considerado um dos grandes favoritos ao prêmio de R$ 1,5 milhão da edição 2022 – cuja final ocorre hoje (26) -, o ator foi alvo de seis paredões durante o programa e, em todos eles, usou a mesma jaqueta jeans bordada. 

Fora do confinamento, a peça ganhou fama nas mídias sociais. Em fevereiro, o Google Trends, ferramenta de monitoramento das buscas na plataforma, mostrava os termos “jaqueta jeans” e “jaqueta do Arthur Aguiar” como os mais crescentes entre os assuntos relacionados ao nome do ator. Já dentro da casa, os participantes chegaram a questionar o uso tão frequente da roupa. 

Segundo o cantor e ator, a escolha da mesma jaqueta em todos os paredões faz parte de uma superstição pessoal: ele entrou no “BBB” com a peça. É uma roupa de entrada, não de saída. Seguindo a crença, na final do programa ele promete utilizar outra jaqueta especial, desta vez destinada exclusivamente ao ato de sair da casa – e ele espera que seja como vencedor, claro. Até o momento, a ideia parece estar dando certo. O ator até chegou a pensar que sairia da casa, mas foi apenas um susto promovido pela estratégia do paredão falso. 

De certa forma, sua trajetória no programa parece estar mesmo carregada de êxito, o que fez com que muitos internautas decidissem batizar a peça bordada de “jaqueta da sorte”. Impossível afirmar que ela é realmente a grande responsável pela permanência do ator na casa, mas a roupa realmente carrega uma maré de boas conquistas – teoria confirmada por Erika Facuri, dona da marca de slow fashion que produziu a jaqueta. 

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Repleta de aplicações de pedrarias, canutilhos, spikes, botões e uma manta de metal, a peça foi criada pela designer carioca a pedido de Paty Passos, stylist de Arthur Aguiar. Pensada exclusivamente para o programa, a jaqueta nasceu com o objetivo de passar uma mensagem: acolhimento. Os brilhos representam os pontos de luz – como o ator chama seus fãs e seguidores – e buscam representar o amor das pessoas que o apoiam. “O objetivo era deixá-lo confortável em momentos de tensão como os paredões”, conta Erika. “Ele aprovou todas as peças, deu algumas dicas e foi esse sucesso todo.” 

Para ela, que não está confinada, a jaqueta trouxe uma enorme onda de reconhecimento. “Vendemos sob encomenda, pois somos uma marca slow fashion e bordamos tudo à mão. Até tínhamos algumas peças extras, mas já se esgotaram. Chegamos até a exportar para a Europa e para os Estados Unidos. Realmente foi um sucesso”. Ao custo de R$ 1.025, a jaqueta continua requisitada – principalmente com a aproximação da final do programa. 

Mas engana-se quem pensa que Érika começou sua carreira na moda recentemente. Na realidade, já são mais de 30 anos de carreira, com os altos e baixos típicos do empreendedorismo. 

QUEM É ERIKA FACURI

“Sempre amei a moda. Meu hobbie era assistir aos grandes desfiles, como o São Paulo Fashion Week, e pesquisar sobre o assunto”, recorda Erika, que nunca teve dúvidas sobre seguir a carreira. No início da vida adulta, fez diversos cursos de design e moda no Senai, o que desenvolveu seu senso de criatividade e desenvoltura. “Nunca foi fácil trabalhar nessa área, por isso procurei fazer algo diferente para me destacar.” 

No início dos anos 2000, a busca pelo improvável fez com que chamasse a atenção de Ana Maria Braga. Com a criação do maxi colar – um acessório emblemático que foi marco da geração 00’s -, a carioca chegou a promover um concurso cultural de moda no programa “Mais Você”. Além disso, ganhou clientes famosos da Rede Globo, incluindo a própria apresentadora.

Com as portas abertas após a projeção, Erika começou, em 2003, a ganhar o reconhecimento que sempre almejou. Estreou no Fashion Business, evento paralelo ao Fashion Rio, e foi coordenadora do Pólo de Moda de Niterói (Projeto da FIRJAN) durante três anos. Já em 2007, colaborou com o figurino da minissérie “Amazônia”, de 2007, da Rede Globo, sob mediação da figurinista Emilia Duncan. Como se não fosse o bastante, também envolveu sua criatividade em desfiles para marcas de renome fashion como Cantão e Alessa Migani.

Nesse meio tempo, fundou, em 2005, a marca Erika Facuri, com o objetivo de impulsionar sua visão de que o bordado é uma forma de arte. Mais uma vez no campo da inovação, a empresa de slow fashion se desdobra em duas frentes: primeiro, o carro-chefe, que é a confecção exclusiva de figurinos de celebridades, como a jaqueta de Arthur Aguiar. Em paralelo, a designer faz a confecção de coleções cápsulas conectadas com o que há de mais contemporâneo e hype no momento.

A meta é estar sempre atenta ao que está na moda e ao processo pelos quais essas peças passam. “Tenho suporte de um time fiel e especializado em assuntos ligados à gestão de inovação na área de moda. O resultado dessa conexão se reflete não só em peças de desejo, como também em projetos sociais e de sustentabilidade”, destaca. 

Aos 50 anos, ver o nome de sua marca entre os assuntos mais comentados do momento é uma grande felicidade – uma lembrança de que toda a sua trajetória está sendo honrada. “Luto muito até hoje. O sucesso da jaqueta é resultado de anos e anos de dedicação e amor ao meu trabalho e à arte”, conclui.

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