Depois de ter a vida transformada pelo blockchain, empresária coordena programa para capacitar comunidades carentes em jogos NFT

Meta de Heloísa Passos é impactor 1.000 famílias de São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro até o fim do ano
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heloisa passos, ceo da SP4CE
A blockchain transformou a minha vida e acredito que a tecnologia pode também mudar a vida de outras pessoas” (Foto: Divulgação)

Para difundir o universo das criptomoedas, a empresa brasileira especializada no segmento de blockchain games SP4CE investiu R$ 150 mil em um projeto que vai formar pessoas de baixa renda e moradoras de comunidades em São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, capacitando-as a atuar e entender o setor.

A formação conta, ainda, com aulas de educação financeira, economia criativa e tecnologia. A ideia é que a empresa funcione como uma ponte entre as comunidades atendidas e os negócios de web3, capaz de oferecer educação, informação e oportunidades de emprego.

Entre as ações do programa, estão mentorias relacionadas a blockchain games, aulas de educação financeira, tecnologia e blockchain, além da distribuição de scholarships, que nada mais é do que uma custódia de NFT. Heloísa Passos, CEO e fundadora da SP4CE, explica o conceito. “Você não consegue acessar determinado jogo porque é muito caro, mas eu tenho um NFT. Então eu alugo o meu NFT e nós repartimos os lucros obtidos com o jogo.” 

No caso do projeto, a empresária conta que 90% do valor obtido vai para o jogador e os outros 10% são destinados aos líderes de comunidades. “A ideia é treinar talentos para conseguir jogar e minerar. Por isso estamos abdicando de qualquer lucro”, garante.

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Para Heloísa, esse sempre foi o objetivo da SP4CE, desde sua fundação em 2020. “O blockchain transformou a minha vida. Eu nunca passei necessidade, mas meus pais são separados e minha mãe sempre foi sacoleira, vendia roupas em porta de fábrica. Quando eu entrei no mundo da blockchain, comecei a ter oportunidades que nunca tinha tido antes. Por isso, acredito que a tecnologia pode também mudar a vida de outras pessoas”, explica.

Hoje, o projeto impacta a vida de mais de 60 pessoas de comunidades carentes nos três estados. Mas a meta é alcançar um número ainda maior até o final do ano: cerca de 1.000 famílias. “A gente sabe que, agora, os jogos já não rendem tanto quanto antes. Mas, ainda que sejam R$ 200, faz muita diferença na vida dessas pessoas.”

Empreendedorismo, blockchain e as mulheres

Heloísa vive do mercado cripto desde 2020. Ainda assim, ela acompanhava e desbravava esse universo já em 2017, quando trabalhava como UX e UI designer em uma fintech. 

Mas, foi quando conheceu o jogo digital “Axie Infinity”, no qual as pessoas podem treinar e lutar contra criaturas fantásticas e ganhar recompensas reais em dinheiro, que ela soube que tinha encontrado o seu espaço de atuação. “Eu achei que isso podia mudar o mundo, e queria fazer parte dessa transformação.” 

Foi então que nasceu a maior comunidade do Brasil e da América Latina do game. Posteriormente, esse grupo se tornou a Blockchain SP4CE, um hub de soluções de tecnologia para blockchain games, ou jogos NFT, como são popularmente chamados. “A gente trabalha na parte de NFT assets, de desenvolvimento de games e de e-sports dentro de jogos NFT”, explica.

Para ela, que sempre foi uma entusiasta do empreendedorismo, entrar no  segmento não foi algo difícil, mas uma forma de se tornar uma inspiração que nunca teve. “Acredito que nesse espaço a colaboração é muito mais visível. A maioria das pessoas sabe que, se a maré sobe, todos os barcos sobem juntos. Mas estamos falando de games, tecnologia e blockchain, um mercado majoritariamente masculino. Quando encontramos outras empresárias mulheres é muito legal, e eu particularmente estou sempre tentando encontrá-las.”

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