“Iniciativas de impacto social são uma oportunidade de diálogo com o consumidor e geração de valor para as empresas”, afirmam fundadoras da Ayre

Fundada por Tatiana Lemos e Nathalia Homem de Mello, consultoria estratégica se dedica ao pilar do empreendedorismo social
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Tatiana e Nathalia são as mentes femininas por trás da consultoria (Foto: Divulgação)

Fundada pela jornalista Tatiana Lemos e pela publicitária Nathalia Homem de Mello, a Ayre se define como uma consultoria estratégica de marca que traz, em seu DNA, a vivência e experiência das mulheres que a criaram. Com um olhar voltado para projetos de impacto social, a dupla se dedica a atender pequenas e médias empresas que queiram alavancar sua marca e implementar iniciativas do tipo. 

“Embora tenhamos feito nossas carreiras em empresas tradicionais, o trabalho social sempre fez parte das nossas vidas”, explica Nathalia. No caso da publicitária, sua ligação com o segmento se dá principalmente pela criação da Biblioteca Comunitária Barra da UNA, espaço cultural localizado no litoral de São Paulo que visa atender a comunidade carente local. 

Já Tatiana atua como voluntária em um projeto de assistência a uma ocupação no extremo Grajaú, “Doe com Coração”. “Como jornalista, circulei por regiões periféricas atuando em iniciativas importantes e construí uma rede qualificada de pessoas que nos auxiliam nessas ações sociais. Entendemos que é possível e saudável para as marcas conectar empresas e negócios a estas iniciativas promovendo impacto”, completa. 

Além da veia social, a Ayra também busca conectar uma rede diversas de mulheres e mães empreendedoras, fomentando a diversidade no mercado brasileiro. 

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Veja, a seguir, a entrevista de Tatiana Lemos e Nathalia Homem de Mello à Elas Que Lucrem:

Elas Que Lucrem: Como iniciativas de impacto social podem agregar no empreendedorismo?

Ayre: As  iniciativas de impacto social são uma oportunidade de diálogo com o consumidor e de geração de valor para a empresa. No mercado de estratégia e comunicação, o envolvimento com iniciativas ESG é tido como um trabalho essencial para o posicionamento das marcas junto aos seus clientes. Mais do que vender produtos ou serviços, essas ações propõem uma visão de mundo, com novos hábitos e comportamentos na sociedade.

Quando pensamos em projetos de branding, procuramos fazer esta ponte através da união das marcas com  temas relevantes para suas respectivas comunidades. 

EQL: Quais as principais vantagens dessa associação para quem empreende? 

Ayre: Como empreendedoras, buscamos um modelo de negócio que gere impacto real para todos os envolvidos no negócio. Nesse sentido, queremos ganhar e também promover ganhos para nossos clientes, por isso acreditamos que o trabalho em rede envolve o fortalecimento de todo o ecossistema. Atuando desta forma, ajudamos a construir um mercado mais equilibrado,cooperativo e empático. 

EQL: E para a sociedade?

Ayre: A sociedade ganha, de uma maneira geral. As marcas têm a oportunidade de, além de expandir sua reputação, também fortalecer suas comunidades, enquanto as iniciativas de impacto social ganham suporte e oferecem benefícios em troca. Podemos usar como exemplo o caso da Gerando Falcões, que com o apoio de marcas importantes conseguiu impactar mais de 200 mil pessoas em todo o Brasil e mais de 200 ONGs.

EQL: A conexão de grandes marcas com causas sociais é uma tendência para o futuro?

Ayre: A conversa sobre inclusão vem ganhando força, como não poderia deixar de ser. As gerações mais jovens, um público crucial para as marcas perpetuarem sua existência, têm maiores expectativas de justiça social e equidade do que qualquer outra. Além disso, em todo o mundo, as populações estão se tornando cada vez mais diversas, não menos. Para entregar genuinamente equidade, as marcas devem ter empatia com as lutas do mundo real, é isso que se espera delas. 

EQL: De que forma esse movimento está ligado à frente de ESG nas grandes companhias?

Ayre: O movimento ESG é muito mais do que uma sigla, ele representa uma mudança de mentalidade de todos os lados. A partir dele, as empresas ganham um papel crucial e importante para atuar na sociedade. Com os investidores e consumidores buscando cada vez mais informações a respeito de sustentabilidade e iniciativas sociais, as companhias que tiverem seus olhos voltados para isso ganharão destaque no mercado. 

EQL: Na sua opinião, essa conexão com propósitos sociais já é uma exigência entre parte do público consumidor? 

Ayre: Sem dúvida. Um relatório de tendências global da Wunderman Thompson lançado neste ano atesta que 90% dos respondentes das pesquisas afirmam que a igualdade social e racial, por exemplo, agora é uma questão que impacta a todos. Além disso,  75% dos entrevistados dizem que as empresas e marcas devem desempenhar um papel na solução de grandes desafios sociais, como igualdade e justiça.

Já se trata de uma questão global para as marcas, ainda mais no Brasil, em que a pandemia do COVID-19 expôs e intensificou as desigualdades existentes. Como formadoras de cultura, as marcas têm um papel poderoso a desempenhar na construção de um mundo verdadeiramente inclusivo, além de colher as recompensas por isso. As empresas podem e devem usar sua influência para derrubar barreiras e gerar oportunidades equitativas.

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