Como funcionam os fundos de investimentos

Alternativa proporciona diversificação de carteira e requer baixo investimento inicial
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

Os fundos de investimentos têm ganhado cada vez mais espaço entre as pessoas que desejam começar a trilhar um caminho no universo das finanças e aplicações financeiras, sem precisar se preocupar com os detalhes das operações

Em particular, a atratividade dos fundos está diretamente relacionada à possibilidade de adquirir cotas a valores acessíveis –alguns fundos trabalham com aplicações a partir de R$ 10– e de ter uma carteira diversificada com um profissional administrando as operações.

OLHA SÓ: Mulheres ganham primeiro fundo de investimentos pensado para elas

Acompanhe este artigo para entender melhor como funcionam os fundos de investimentos e saber o que levar em consideração na hora de escolher a melhor opção para aplicar seu dinheiro. 

Os assuntos serão abordados da seguinte forma:

  • O que é um fundo de investimento
  • Como funciona na prática
  • O que considerar antes de investir em um fundo
  • Tipos de fundos de investimento
Como funcionam os fundos de investimentos

O que é um fundo de investimentos

Os fundos de investimentos são como uma vaquinha, em que cada pessoa coloca um pouco de dinheiro.

Nos fundos, os aportes são realizados pela aquisição de cotas, que correspondem a uma fração do capital total do fundo. 

Os recursos arrecadados são administrados pelo gestor do fundo, que irá escolher como e onde investir o dinheiro dos cotistas. 

A finalidade, portanto, é realizar aplicações financeiras com o patrimônio coletivo dos participantes – seja em ações, derivativos, moedas, imóveis ou títulos públicos. 

A proposta dos fundos pode ser especialmente vantajosa para os pequenos investidores que podem diversificar seus investimentos e, de quebra, investir em aplicações que exigem maior capital inicial.

Como assim? Imagine uma debênture que tem investimento inicial de R$ 10 mil, valor que pode ser elevado para algumas pessoas. Agora, pense que o fundo, reunindo os recursos de diferentes pessoas, pode investir nessa debênture e em muitos outros ativos, já que tem mais capital disponível. 

E AINDA: Como montar uma reserva financeira

Para quem é cotista do fundo, a vantagem é conseguir entrar em investimentos com maior rentabilidade e escolhidos por um profissional do mercado financeiro. 

Sim, a administração do fundo é realizada por um time de profissionais. É de graça? Claro que não, os fundos podem ter taxas de administração, de performance, entre outras taxas. Por isso é importante sempre checar quais os custos de cada fundo antes de fazer escolhas. 

Como funciona na prática

Na prática, os participantes dos fundos adquirem cotas, cuja quantidade depende do valor investido individualmente. 

Os direitos e deveres de cada cotista não se relacionam com a quantia investida por cada um, todos estão sob o mesmo guarda-chuva de regras.

O valor total levantado pelo fundo será investido em produtos do mercado financeiro e de capitais, e os retornos serão proporcionais à quantidade de cotas adquiridas por cada participante.

É importante dedicar um momento de atenção à proposta (estratégia) de cada fundo, ao seu regulamento, e também analisar o histórico dos gestores e administradores. 

O que considerar antes de investir em um fundo

Investir em um fundo requer a mesma atenção e cuidado que qualquer outra aplicação financeira que irá receber o seu dinheiro. 

FIQUE POR DENTRO: O que é um investimento? Saiba como aplicar bem seu dinheiro

Veja a seguir algumas questões importantes que devem ser consideradas:

Informações sobre o fundo

Ao adquirir cotas de um fundo de investimentos, o participante, automaticamente, concorda com o regulamento proposto, incluindo regras para cotização e resgate dos recursos. 

Por isso, certifique-se de que suas expectativas e metas serão atendidas antes de formalizar a participação.

Além do regulamento, você encontra informações importantes na lâmina do fundo, um documento que traz as principais características daquele investimento. 

Os relatórios mensais e as cartas do gestor também são outras preciosas fontes de informação. Nelas você saberá como anda a rentabilidade do fundo, quais decisões foram tomadas pelo gestor e como os acontecimentos do mercado impactaram –ou podem impactar– a rentabilidade dos ativos investidos pelo fundo. 

Para se manter atualizada, esteja sempre atenta às datas das assembleias do fundo e acompanhe o andamento do desempenho da sua aplicação. 

Custos

Essa é uma parte muito importante, porque vai impactar diretamente a rentabilidade do seu investimento. 

LEIA AQUI: EQL terá MBA em Independência Financeira e Emocional Feminina

As taxas cobradas, normalmente, são descritas na lâmina do fundo e estão relacionadas à administração e performance –esta última pode ser cobrada, se prevista no regimento, quando o fundo atinge um certo patamar estabelecido de retornos. 

Mas também esteja atenta a outros encargos que alguns fundos possuem, como a taxa de ingresso e de saída.

Na hora de decidir seu caminho, também tenha sua atenção voltada para as despesas do investimento, como taxas de custódia, auditoria, liquidação financeira e corretagem, assim como a tributação –essencial para saber se seu investimento vale a pena em termos de rentabilidade.

Tipos de fundos de investimento

A Comissão de Valores Mobiliários classifica no Brasil os fundos de investimentos de acordo com a sua política de investimento. A segmentação geral engloba fundos de renda fixa, de ações, cambiais e multimercado. 

Ainda dentro desta segmentação, os fundos de renda fixa também são subclassificados quanto ao prazo de validade (curto ou longo) e a localização geográfica do título –quando os papéis adquiridos pelo fundo são de outros países. 

Conheça um pouco sobre a classificação feita pela CVM a seguir:

Fundos de curto prazo – Envolve única e exclusivamente investimentos em títulos públicos federais ou privados com prazo máximo de 365 dias.

SAIBA MAIS: Qual a diferença entre renda fixa e renda variável

Fundos referenciados – São aqueles que, necessariamente, precisam acompanhar o indicador de desempenho escolhido, o que implica em ter 95% da carteira composta por produtos referenciados por este mesmo indicador. A classificação também exige que 80% do patrimônio líquido esteja atrelado a títulos emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional ou a aplicações de renda fixa.

Fundos de renda fixa – Devem ter a variação da taxa de juros ou a inflação como principal fator de risco e, pelo menos, 80% dos produtos desta categoria devem ser de renda fixa.

Fundos de ações – Devem conter, ao menos, 67% da carteira composta por ativos de renda variável. Boa parte destes fundos buscam superar a variação do índice do mercado de ações de referência, a exemplo do Ibovespa.

Fundos cambiais – Pelo menos 80% dos ativos desta categoria devem ter relação com a variação da cotação de uma moeda estrangeira ou do cupom cambial.

Fundos de dívida externa – Esta categoria engloba fundos cuja carteira seja, ao menos, 80% composta por títulos de dívida externa pública brasileira. Esta categoria exclui a possibilidade de manter investimentos ou aplicar dentro do país. A exceção dos 20% remanescentes que podem ser aplicados em operações com derivativos para a proteção da carteira do fundo.

Fundos multimercados – São aqueles que combinam em sua estratégia de investimento produtos de diferentes graus de risco, como os ativos de renda fixa e de renda variável. Neste caso, também é permitido o uso de derivativos para proteção e alavancagem.

Compartilhar a matéria:

×