Quais motivos levam você às compras? Saiba como proteger suas finanças

Existem fatores externos que impulsionam o consumo e podem prejudicar as finanças
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Quando as compras são feitas por impulso, sem planejamento financeiro, geralmente causa um arrependimento

Ansiedade, tristeza, raiva, medo, sensação de esgotamento, alegria, êxtase. Muitas situações do dia a dia fazem com que inúmeras mulheres oscilem entre esses sentimentos. E isso é normal. Mas nem sempre é fácil lidar com tudo que acontece no mundo e ao nosso redor. Além de poder prejudicar a saúde física e psicológica, existe um outro problema: muitas mulheres, na tentativa de se sentirem melhor e esquecerem esses sentimentos ruins, recorrem às compras. Aí o prejuízo pode afetar diretamente o bolso.

Você provavelmente conhece ou até é a mulher que, em um dia que se sente esgotada, parece que é quase necessário buscar um site de compras e passar o número do cartão de crédito. Quando recorremos às compras, além de não solucionar nosso problema (é apenas um paliativo temporário), ainda pode afetar, e muito, a sua vida financeira.

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Quantas de nós já compraram algo em um desses momentos não tão bons e depois se arrependeram, porque não precisavam, porque faltou dinheiro para outra coisa mais importante no momento, ou ainda pior: as duas coisas juntas? Situações como essas são bem mais comuns do que se imagina.

Neste artigo você vai saber:

  • O que realmente nos motiva a fazer compras?
  • Como controlar o impulso por fazer compras?

O que realmente nos motiva a fazer compras?


Existem coisas que compramos, claro, por necessidade. Quando não são urgentes, costuma-se avaliar por um tempo a melhor marca, melhor modelo, a cor, o custo-benefício, melhor lugar e época para comprar, etc. Mas existem aquelas compras que comumente são chamadas de compras por impulso. Impulsos estes que nem sempre vêm de você mesma, podem ser impostos a você. Vamos entender melhor nos tópicos abaixo:

1. Sentimentos bons
Você acabou de receber uma promoção no trabalho, marcou a data do casamento dos seus sonhos, ou finalmente decidiu abrir seu próprio negócio. Você está tão feliz que pensa: “hoje é um dia mais que merecido para eu me presentear”. Aí você corre para o centro da cidade ou para um site de compras e busca algo que lhe deixe ainda mais feliz para “fechar o dia com chave de ouro”. Para ficar claro: não estamos julgando comportamentos. Estamos avaliando o impacto disso na sua vida financeira.

2. Sentimentos ruins
Levou uma bronca da chefe, descobriu uma mentira da pessoa que mais confiava, ou simplesmente acordou em um daqueles dias que já começam estranhos e sem cor. Nesses momentos, tudo que você quer é se sentir um pouco mais animada e mais feliz. A busca por um produto para lhe animar começa e você não descansa enquanto não comprar algo que compense a chateação. Novamente: aqui não há julgamento para quem recorre às compras para compensar uma frustração. Só estamos avaliando o que isso pode causar na sua vida financeira.

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3. Estratégias de promoção
Marcas e empresas sabem que a compra por impulso é algo real, mesmo para quem não é consumista. No outro lado do balcão, as empresas querem e precisam vender para manter seu negócio. Por isso, lançam promoções em produtos selecionados, ou realizam algum tipo de ação que faz com que, ao olhar esse produto, mesmo que você saiba que não precisa, terá vontade de comprar, fisgada pela promoção.

4. Prazos urgentes
Já passou em frente uma loja e ouviu alguém dizer “liquidação de até 70% SÓ HOJE”? Essa forma de venda é muito utilizada para dar a seguinte sensação: se não comprar hoje, já era. Vou perder a promoção e perder o produto. Quando vou encontrar de novo com esse preço?

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5. Venda adicional
Uma estratégia muito utilizada pelas empresas é colocar produtos menores em cima de balcões ou prateleiras próximas aos caixas para que, quando você vá pagar por algum produto que esteja precisando, veja essas pequenas coisas e, por impulso, acaba levando algo a mais.

Situações como essas são muito comuns no dia-a-dia. Sendo uma pessoa que já tenha tendências ao consumismo ou não, as compras pelos motivos citados podem ser feitas várias vezes por diversos tipos de pessoas. Mas, compras feitas por impulso devem ser controladas e precisam ser observadas, sempre perguntando-se até que ponto elas estão sendo inofensivas e a partir de onde começam a ser prejudiciais.

Como controlar o impulso por fazer compras?


Existem perguntas, contas que podem ser feitas para que você consiga “virar uma chave” no cérebro e possa impedir que as compras se tornem um problema para sua vida.

1. “Preciso mesmo deste produto?”
Primeiro questionamento a ser feito para si mesma e um dos mais importantes é “preciso mesmo disso, é necessário para mim neste momento?”. Se sua resposta for negativa (“não, eu realmente não preciso, apenas quero muito isso”), você deve ir correndo… para a loja? Não, para a próxima pergunta.

2. “Se eu comprar isso agora, vai faltar dinheiro?”
A próxima pergunta a ser feita e essa sim, a mais importante, é “comprando este produto que tanto quero agora, vou precisar tirar dinheiro de outro lugar para algo que seja mais importante ou mais urgente? Tenho dinheiro sobrando para comprar isso que quero exatamente hoje?”.

3. “Eu realmente vou usar?”
Se estiver comprando uma roupa, prove, veja como se sente vestindo a peça, tire fotos de vários ângulos, tente visualizar com diferentes focos de luzes, tente fazer todo o possível para garantir que, se comprar, não se arrependerá de gastar dinheiro em algo que ficará “largado” no fundo do armário.

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4.“Como eu me sinto depois das compras?”
Quando se compra algo meramente por impulso, costuma-se surgir um sentimento de culpa ou dúvidas como: “ai, será que eu precisava ter comprado isso agora? Nossa, vou usar mesmo? Meu Deus, que sapato eu tenho para combinar com esse macacão?”. Se você começar a identificar que boa parte das compras que realiza são acompanhadas dessas dúvidas, pode ser que precise voltar aos questionamentos anteriores e ficar ligada às respostas, evitando que o arrependimento chegue.

5. Procure ajuda
Muitas pessoas não sabem, mas existe uma doença chamada oniomania, ou transtorno compulsivo por compras. Este transtorno é caracterizado pelo descontrole por compras (em sua maioria, de coisas supérfluas), esconder que comprou algo da família, descontrole com cartões de crédito e até mesmo afastamento social. Caso perceba alguma dessas características, não deixe de procurar ajuda psicológica de especialistas. Problemas de saúde mental possuem soluções, não deixe de se cuidar.

Comprar não é errado. Poder fazer um agrado ou dar um presente a si mesma é algo que deixa qualquer uma muito feliz. Mas, como tudo que envolve dinheiro e finanças, é necessário controle e atenção ao quanto se gasta e a forma como se gasta. Faça os cálculos da sua fatura do cartão, compare seus gastos com seus ganhos, guarde uma parte do seu ganho mensalmente e deixe o dinheiro para reserva. Tudo isso lhe ajudará a organizar sua vida financeira e ainda poderá proporcionar momentos de recompensa pelo seu esforço e trabalho.

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