Ibovespa fecha em alta, novamente sem fôlego para renovar máximas

Índice de referência da bolsa brasileira subiu 0,30%, a 124.366,57 pontos
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O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, em sessão marcada por oscilações contidas, mais uma vez sem conseguir renovar máximas históricas, diante da falta de gatilhos de curto prazo para retomar o patamar dos 125 mil pontos.

Índice de referência da bolsa brasileiro, o Ibovespa subiu 0,30%, a 124.366,57 pontos, chegando a 124.536,66 pontos no melhor momento e a 123.470,32 pontos na mínima do pregão.

O volume financeiro da sessão somou 45,6 bilhões de reais, influenciado por operações ligadas ao rebalanceamento semestral de índices de referência de ações MSCI.

As máximas históricas do Ibovespa foram registradas no começo do ano – de 125.076,63 pontos para o fechamento e de 125.323,53 pontos no intradia, ambos em 8 de janeiro.

Na visão do sócio da Veronezi Investimentos Fabio Galdino, há uma combinação de fatores brecando a bolsa paulista, desde rebalanceamento do MSCI a ruídos políticos, passando por receio de uma terceira onda de Covid-19.

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Para que o Ibovespa ganhe um fôlego maior, ele avalia que são necessários catalisadores como avanço efetivo em reformas, progresso fiscal e melhora no ambiente político, além de mais uma temporada forte de resultados corporativos.

O sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, por sua vez, avalia que é uma questão de tempo para o Ibovespa romper essas máximas, dada a dinâmica de preços de commodities e melhora da economia do país.

Ele também observa uma vontade do Congresso de tramitar em breve as reformas administrativa e tributária.

Em paralelo, dados nos Estados Unidos também tendem a continuar no radar, principalmente os reflexos da retomada daquela economia no comportamento dos preços ao consumidor e como o Federal Reserve analisará e reagirá a tal cenário.

“O mercado está mais pessimista e o Fed, mais cauteloso”, afirmou Galdino, avaliando que, enquanto houver resultados consistentes mostrando melhora de produtividade, o BC dos EUA não deve promover ajustes em sua política monetária.

Nesta sessão, enquanto dados de auxílio-desemprego reforçaram o quadro de retomada da atividade dos EUA, receios com a inflação norte-americana corroboraram certa cautela antes desempenho de abril da medida preferida de preços do Fed.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou com variação positiva de apenas 0,11%.

Milane, da VLG Investimentos, também destacou como positivas as notícias de que o pacote de infraestrutura está andando no Congresso dos EUA e que o presidente Joe Biden pode tentar aprovar um orçamento gigantesco.

De acordo com o New York Times, Biden anunciará na sexta-feira um Orçamento de 6 trilhões de dólares para 2022, o maior gasto desde a Segunda Guerra Mundial.

DESTAQUES

– COGNA ON e YDUQS ON avançaram 6,19% e 6,67%, respectivamente, em mês positivo para o setor de educação. No ano, Cogna ainda recua 7,34%, enquanto Yduqs acumula elevação de 2,12%, ante 4,49% do Ibovespa.

– EMBRAER ON fechou em alta de 6,05%, após fechar em baixa de 2,4% na véspera, quebrando uma sequência de quatro pregões de alta.

– VALE ON subiu 0,72%, com os futuros do minério de ferro na Ásia se recuperando após tocarem mínimas de mais de seis semanas, em meio a alívio em preocupações sobre possíveis medidas da China contra negociações especulativas.

– PETROBRAS PN recuou 0,69%, mesmo com a melhora nos preços do petróleo no exterior, com o contrato do Brent – referência da companhia – fechando em alta de 0,86%

– ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,85%, após forte valorização na véspera, enquanto BRADESCO PN terminou com acréscimo de 0,61%. Entre os bancos de varejo do Ibovespa, BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 1,36%.

– AZUL PN recuou 4,58%, em meio a ajustes após ter disparado mais de 11% na véspera. GOL perdeu 0,62%, após elevação de mais de 7% na quinta.

– REDE D’OR SÃO LUIZ ON, que não está no Ibovespa, cedeu 3,4%, a 71,00 reais, exatamente o valor da precificação de sua oferta de ações.

(Com Reuters)

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