Ibovespa fecha quase estável com ajuda da Vale

Petrobras recuou 1,16%, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior
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O Ibovespa fechou quase estável hoje (18), com o avanço de Vale freando pressão de movimentos de realização de lucros e assegurando a quarta sessão consecutiva com sinal positivo na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,03%, a 122.979,96 pontos, tendo oscilado de 122.549,79 pontos na mínima a 123.543,68 pontos na máxima. Apesar da oscilação marginal, o Ibovespa renovou máximas desde meados de janeiro. O volume financeiro somou R$ 27,6 bilhões.

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Em uma sessão sem muitas notícias relevantes e alguma “ressaca” dos últimos dias, marcados por uma bateria de resultados corporativos, o estrategista Mauro Morelli, da Davos Investimentos, avaliou que o Ibovespa teve de um dia “de lado”.

Ele ressaltou, porém, que a volatilidade deve retomar seu espaço no mercado, uma vez que os problemas continuam os mesmos, com as adversidades no Brasil incluindo pandemia, situação fiscal e cenário político, com a CPI da Covid.

“No exterior, continua a dúvida se a retomada forte da economia norte-americana vai trazer inflação e se essa inflação que estamos vendo no curto prazo vai se estender por mais tempo”, acrescentou.

Destaques

  • VALE ON subiu 1%, com os futuros do minério de ferro na China avançando mais de 4%, impulsionados por fortes margens de lucros em usinas siderúrgicas. No setor de mineração e siderurgia na B3, CSN ON fechou em alta de 1,65%, tendo ainda no radar pedido de registro para IPO da sua controlada CSN Cimentos e dados dos distribuidores de aço plano.

  • CIELO ON valorizou-se 4,35%, engatando a quinta sessão consecutiva de alta, mesmo com analista enxergando um ambiente de resultados ainda desafiador. Analistas do Bradesco BBI reiteraram recomendação neutra para as ações e cortaram o preço-alvo para R$ 3,90, de R$ 5 anteriormente. Eles ponderaram que desinvestimentos podem ser um catalisador potencial, mas que não veem muito espaço para revisões para cima dos lucros no curto prazo. Em paralelo, o ICVA, índice que monitora 1,4 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos, registrou crescimento de 18,8% nas vendas no varejo em abril ante abril de 2020, descontada a inflação.

  • ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançaram 3,03% e 2,33%, respectivamente, em meio a expectativas para a votação da medida provisória que propõe a privatização da companhia. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou n Twitter que a votação da MP está pautada para quarta-feira na Casa.

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  • EZTEC ON caiu 4,79%, tendo no radar corte de recomendação para ‘neutra’ pelo Credit Suisse, que ainda reduziu o preço-alvo dos papéis para R$ 44, de R$ 53 anteriormente, conforme amplo relatório sobre construtoras nesta terça-feira. A decisão referente à Eztec reflete a incorporação dos resultados do primeiro trimestre da companhia e prognóstico de um cenário mais difícil para o setor.

  • MINERVA ON caiu 3,56% em meio ao anúncio do governo argentino de suspensão de exportações de carne por 30 dias. A Minerva tem a opção de compensar suas vendas a partir da produção em outras nações. Marfrig disse que o impacto direto desta restrição se limita a 1,3% da receita líquida consolidada. MARFRIG ON perdeu 1,08%. JBS ON recuou 2,82%.

  • ULTRAPAR ON caiu 1,18%, após subir mais de 2% na máxima em meio a negociações envolvendo a venda da controlada Extrafarma para a rede de varejo farmacêutico Pague Menos. A Reuters noticiou mais cedo que a Pague Menos fechou acordo para comprar a Extrafarma por R$ 600 milhões. Na semana passada, o presidente da Ultrapar afirmou que o conglomerado deve encerrar 2021 com uma carteira de ativos diferente do começo do ano. PAGUE MENOS ON, que não está no Ibovespa, disparou 9,59%.

  • BRADESCO PN avançou 1,6% em sessão sem sinal único para os grandes bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN cedendo 0,21% e BANCO DO BRASIL ON fechando em alta de 1,39%. Analistas do Bank of America melhoraram suas previsões para os grandes bancos brasileiros neste ano e em 2022 após a temporada de balanços do primeiro trimestre, calculando melhora na margem financeira (NII) e menores provisões.

  • PETROBRAS PN recuou 1,16%, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o contrato Brent, referência para a companhia, caiu 1,08%.

(com Reuters)

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