Mulheres ocupam 14% dos cargos em conselhos de administração de empresas brasileiras

Nos Estados Unidos, o índice fica na casa dos 25% e na União Europeia chega a 30%
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

As mulheres ocupam 14% dos cargos em conselhos de administração das empresas brasileiras. O número cresceu se comparado ao de 2014, quando eram apenas 7%. Os setores que possuem maior presença feminina nos conselhos são de consumo (20%), seguido por varejo (18%) e tecnologia (15%). O levantamento foi feito pela consultoria de gestão Korn Ferry.

Apesar do aumento, o número de mulheres nesses cargos ainda é inferior às práticas internacionais. Na União Europeia, o índice fica na casa dos 30%, e nos Estados Unidos, de 25%. 

No Brasil, a pesquisa mostra que se considerar apenas conselheiros independentes, de fora da empresa, o índice sobe para 20%, enquanto em 2014 era de 8%. 

A consultoria coletou informações de 81 empresas brasileiras, contra 32 em 2014, quando a pesquisa começou. O levantamento revelou ainda que apenas três mulheres ocupam a presidência dos conselhos de administração no Brasil, o que representa menos de 4% do total das empresas participantes.

OLHA SÓ: Pesquisa mostra que quase 20% das mulheres cogitam abandonar o trabalho por causa da pandemia

Em comunicado, o sócio-sênior da Korn Ferry, Jorge Maluf, diz que em países europeus o índice é maior porque o mercado já percebeu o valor da diversidade para os negócios. “Nas empresas brasileiras ainda é preciso certa pressão para que a diversidade de gênero esteja presente. Se considerarmos o controle acionário, as empresas de capital pulverizado são as que possuem mais mulheres em seus conselhos, o mesmo acontece entre as listadas nos níveis mais altos de governança da B3. Já quando analisamos considerando a receita líquida das companhias, é possível notar que empresas que apresentam melhores práticas de governança tendem a ter mais diversidade”, afirma Maluf.

A pesquisa também calculou a participação feminina nos comitês das empresas, em que 15% são mulheres. Já nos comitês de sustentabilidade, a porcentagem sobe para 30% e em finanças, apenas 9%. Se o estudo considerar apenas a participação no comitê de sustentabilidade, os números mostram que apenas 42% das mulheres recebem algum tipo de remuneração, enquanto 58% dos homens deste mesmo comitê são remunerados pela atuação.

Compartilhar a matéria:

×