Ibovespa fecha com alta discreta apoiado em ações de commodities

Melhora de preços do minério de ferro na China, sustentaram o resultado
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O Ibovespa fechou com acréscimo discreto hoje (9), apoiado no avanço de ações de empresas de commodities, particularmente Vale, na esteira da melhora dos preços do minério de ferro na China.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,09%, a 129.906,80 pontos, tendo batido 129.281,45 pontos na mínima da sessão e avançado a 130.882,46 pontos no melhor momento.

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O volume financeiro no pregão somou R$ 34,3 bilhões.

Para o presidente da plataforma de análise independente Ohmresearch, Roberto Attuch, o movimento refletiu o efeito da recuperação do minério de ferro na China em papéis como os da Vale, mas também o comportamento no câmbio. O dólar fechou a R$ 5,0704 na venda, alta de 0,7%.

A depreciação do real em relação ao dólar, “acaba ajudando essa empresas exportadoras”, disse Attuch.

Além disso, ele chamou atenção para uma “certa calmaria” no exterior, com agentes financeiros na expectativa da divulgação do índice de preços ao consumidor de maio nos Estados Unidos, previsto para quinta-feira.

A principal preocupação do mercado é a inflação americana e se permanecerá o discurso do Federal Reserve de que a alta dos preços recente é temporária ou uma tendência, disse ele.

Em Wall Street, o S&P 500 teve acréscimo de 0,18%.

“Depois da sequência de alta, nada mais natural do que o mercado encontrar dificuldades para seguir com esse movimento e isso ajuda explicar o dia de indefinição para o Ibovespa”, afirmou o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro.

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“Mas isso não significa o fim da tendência de alta, que será conservada enquanto o índice seguir acima de 120 mil pontos.”

Destaques

  • VALE ON subiu 2,07%, na esteira da alta dos futuros do minério de ferro, com o contrato de referência na bolsa chinesa de Dalian chegando a subir 5,4% após três dias de baixa. O sinal positivo prevaleceu no setor de mineração e siderurgia.
  • SUZANO avançou 2,79%, encontrando na alta do dólar suporte para reação, após bater na véspera a mínima desde o começo do ano. No setor, KLABIN evoluiu 1,86%.
  • PETROBRAS PN encerrou estável, em meio à queda do petróleo no exterior, mas tendo no radar que o órgão brasileiro de defesa da concorrência (Cade) aprovou a venda da refinaria RLAM. PETROBRAS ON subiu 0,34%.
  • BANCO DO BRASIL ON caiu 1,93%, em sessão sem sinal único para bancos. ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,37% e BRADESCO PN cedendo 0,5%. BTG PACTUAL UNIT perdeu 1,65% após levantar 2,98 bilhões de reais na véspera numa oferta de ações.
  • MAGAZINE LUIZA ON recuou 3,71% e VIA VAREJO ON caiu 1,37%, corrigindo parte da alta da véspera. B2W ON cedeu 0,36%.
  • MRV e CYRELA cederam 2,44% e 2,33%, respectivamente, tendo de pano de fundo o IPCA acima do esperado, que elevou as taxas futuras de juros. No mesmo contexto, IGUATEMI e MULTIPLAN recuaram 3,78% e 2,8%, respectivamente.

(com Reuters)

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