Ibovespa recua em dia de vencimentos, com Fed e Copom no radar

Investidores querem saber as percepções do Federal Reserve sobre a dinâmica recente mais elevada da inflação nos Estados Unidos
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A bolsa paulista mostrava certa debilidade hoje (16), marcada por vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, além de expectativas para os desfechos das reuniões de política monetária nos Estadps Unidos e no Brasil.

Às 11h02, o Ibovespa caía 0,34%, a 129.653,57 pontos, com as ações da Vale mais uma vez pressionando do lado negativo. O volume financeiro somava R$ 5,35 bilhões.

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“Todo mundo está aguardando a decisão do Fed”, afirmou o estrategista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, referindo-se ao resultado da reunião do banco central norte-americano, previsto para as 15h.

Investidores querem saber as percepções do Federal Reserve sobre a dinâmica recente mais elevada da inflação nos Estados Unidos, em um ambiente de melhora da atividade econômica – mesmo que com alguns vacilos.

E a expectativa é de que as autoridades do Fed sinalizem o início das discussões sobre quando e como vai se dar a saída das políticas que o BC dos EUA adotou no início da pandemia de coronavírus no ano passado.

Após o fechamento do pregão, será a vez de o Banco Central brasileiro anunciar sua decisão para a Selic, atualmente em 3,50% ao ano. A previsão, de acordo com pesquisa da Reuters, é de alta de 0,75%.

No comunicado, segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, espera-se por uma postura mais conservadora (hawkish) do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Acreditamos que o comitê excluirá a menção de ‘ajuste parcial’ do comunicado e sinalizará intenção de buscar a plena normalização monetária ainda em 2021”, afirmou, em comentários a clientes mais cedo.

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Análise gráfica da Ágora Investimentos cita que o Ibovespa está “lateralizado” entre 128.500 e 131.200 pontos, e que a quebra de uma destas extremidades nos próximos dias sinalizaria o próximo movimento mais importante do índice no curto prazo.

Destaques

  • VALE ON recuava 2,2%, com declínio dos futuros do minério de ferro na China. Além disso, credores da Samarco entraram na Justiça contra financiamento adicional de R$ 1,2 bilhão da Vale e da BHP, sócias na Samarco.
  • CSN ON perdia 2,5%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho no Ibovespa, em meio à queda dos preços de aço na China.
  • BRF ON caía 2,1%, em meio a ajustes, conforme segue nos holofotes após investida da Marfrig, que se tornou maior acionista individual da empresa, e especulações de que a JBS poderia entrar na disputa pela companhia.
  • B3 ON subia 2,6%, engatando mais uma sessão de recuperação, após sofrer recentemente com ruídos envolvendo um eventual novo competidor, bem como alguma acomodação nos volumes de negociação de ações.
  • ENEVA ON avançava 2,4%, ainda tendo de pano de fundo seca histórica nas hidrelétricas no país e potencial uso maior de termelétricas.

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  • PETROBRAS PN perdia 0,2%, mesmo com a alta do petróleo Brent. O conselho de administração da petrolífera autorizou convocação de assembleia para nova eleição de conselheiros.
  • ELETROBRAS ON caía 0,7%, tendo no radar votação no Senado da medida provisória que abre caminho para a privatização da companhia, prevista para esta quarta-feira. ELETROBRAS PNB recuava 2%.
  • BTG PACTUAL UNIT avançava 0,8%, ampliando a alta da véspera, quando encontrou aval de relatório positivo do Itaú BBA. Entre os bancos, ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,3% e BRADESCO PN cedia 0,2%.

(com Reuters)

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