Relatório mostra que mulheres apostam nos criptoativos para conquistar independência financeira

Segundo o estudo, a dificuldade no acesso ao sistema financeiro tradicional ajuda a aproximar essas mulheres das criptomoedas
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

Assim como aumentou o número de mulheres que investem na Bolsa de Valores (B3), elas agora apostam no setor de criptomoedas para conquistar a independência financeira. Essa é a conclusão do “Relatório Global sobre Mulheres e Criptomoedas”, realizado pelas pesquisadoras Marina Spindler e Paulina Rodriguez, conduzido com a ajuda de instituições do setor.

Segundo o estudo, a dificuldade no acesso ao sistema financeiro tradicional ajuda a aproximar essas mulheres das criptomoedas.

VEJA: 10 melhores empresas para as mulheres trabalharem no Brasil em 2021

As pesquisadoras entrevistaram 60 mulheres investidoras de criptomoedas em 31 países desde março de 2020. No estudo, a maioria das mulheres diz que já passou, em algum momento, por alguma crise envolvendo a questão financeira, como inflação alta, desvalorização da moeda local ou isolamento financeiro.

A pesquisa mostrou que mais da metade das entrevistadas é da América Latina e muitas delas usam as criptomoedas como forma de sustento e não para especulação no mercado financeiro.

“Mesmo quando o salário de uma mulher é muito melhor do que de seu marido, a figura masculina é quem decide como gastá-lo. Mesmo em política, os maridos decidem em quem devem votar. Isso é uma situação realmente muito ruim. Mas está mudando com a minha geração”, explicou uma jovem turca em umas de suas entrevistas ao estudo.

Nas perguntas, elas foram questionadas se houve melhora desde que começaram a usar criptomoedas. As mulheres atribuíram a si mesma uma nota 7, numa escala de 1 a 10.

Pouco mais de 1/3 das entrevistadas (32%) vivem em países desenvolvidos com infraestrutura de alta tecnologia, porém a maior parte classificou seu acesso a esse sistema com uma nota 3 em uma escala de 1 a 10. Um total de 80% das mulheres ouvidas disseram preferir ser pagas em criptoativos.

A pesquisa foi feita com apoio de instituições, como Women in Blockchain Boston, Meta Gamma Delta DAO, Blockchain for Humanity, Blockchain Education Network, Gitcoin, Avalanche, Celo e SheFi e o apoio de entidades como Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial e Unicef.

(Com informações do Valor Investe)

Compartilhar a matéria:

×