MST vai emitir títulos para financiar agricultura familiar

Oferta pública de títulos agrícolas visa arrecadar R$ 17,5 mi e vai financiar sete cooperativas de produtos agrícolas e orgânicos
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai emitir um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para arrecadação de R$ 17,5 milhões, com o propósito de financiar cooperativas de agricultura familiar ligadas ao movimento. Os papéis são títulos de renda fixa, lastreados nas cédulas do produtor rural (CPR), emitidos pelas cooperativas. 

Os títulos  serão emitidos pela securitizadora Gaia Impact, têm prazo de cinco anos e prometem remuneração de 5,5% ao ano. Os papéis foram colocados em oferta pública pela corretora Terra, por meio da plataforma inédita do Finapop, braço financeiro idealizado pelo economista Eduardo Moreira para financiar o MST. A operação se dará por meio de uma oferta pública, que será aberta para aplicações a partir de R$ 100. Os investidores poderão reservar os papéis a partir do dia 26 de junho.

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O dinheiro captado vai financiar a produção de sete cooperativas de agricultura familiar ligadas ao movimento, que produzem, leite, milho, soja, arroz, açúcar mascavo e suco de uva, nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

As cooperativas são: Coana, Coapar, Coopaceres, Cooperoeste, Cootap, Copacon e Copavi e boa parte delas tem uma produção exclusivamente orgânica.

O pagamento da dívida aos investidores começa a acontecer no segundo ano da operação. E os títulos vendidos aos investidores de varejo estarão protegidos de inadimplência até o limite de 17% do valor da operação. Essa fatia corresponde às cotas subordinadas da emissão, que recebem um retorno maior, mas também absorvem as primeiras perdas.

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