Quanto tem hoje quem investiu R$ 1.000 reais no IPO da Natura

Inicialmente precificada em R$ 1,16, uma ação da companhia hoje ultrapassa R$ 60,62
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Eleita uma das empresas com melhores práticas de ESG no mundo pelo ranking “Best For The World”, de 2021, a Natura é uma das queridinhas dos investidores. Isso porque além de ser o quarto maior grupo de cosméticos do mundo, a empresa carrega um vasto currículo de premiações e nomeações por suas iniciativas de inovação e sustentabilidade.

Outro ponto positivo da companhia é sua atuação fora do Brasil. Grande parte da receita da operação da Natura tem origem em países da América Latina, além de presença no continente europeu, asiático e africano.

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Um dos movimentos de maior destaque da companhia e que contribuiu para seu fortalecimento foi a aquisição da também conhecida marca de cosméticos Avon em janeiro de 2020. Na época da operação, a companhia norte-americana foi avaliada em US$ 2 bilhões e a combinação das duas empresas chegou a um valor de mercado de US$ 11 bilhões.

A empresa foi fundada em 1969 por Luiz Seabra, com primeira loja inaugurada na rua Oscar Freire, em São Paulo, no ano de 1970. A venda direta é adotada em 1974 como modelo de negócio e em 1982 a companhia ultrapassa pela primeira vez a fronteira brasileira e passa a ter um distribuidor local no Chile.

Vinte anos após o ano de fundação, a empresa chegou à marca de 50 mil consultoras, mas foi só em 2004 que a companhia estreou na bolsa de valores de São Paulo.

A partir do IPO, a história da companhia começa a mudar, sempre com uma base que alia expansão e iniciativas contra a crueldade animal e foco na sustentabilidade. 

As ações da Natura foram negociadas pela primeira vez a R$ 1,16 e, hoje (22) a cotação dos papéis da companhia fechou no patamar de R$ 60,62, maior valor de fechamento desde sua estreia e valorização de 0,46% em relação ao dia anterior. 

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Em 24 de março de 2020, menos de dez dias após o decreto de estado pandêmico, a companhia encerrou o pregão com valorização de 17,18% em relação ao dia anterior, a R$ 24,90. Pouco mais de um ano depois, os papéis mais que triplicaram de valor.

Dezessete anos após sua estreia na bolsa de valores, as ações da Natura acumulam valorização de 2.065%, o que prova, mais uma vez, que investimentos pensados no longo prazo são um bom negócio. Considerando a série histórica de negociações na bolsa, os papéis da Natura apresentam valor médio de R$ 16,47 e taxa de crescimento anual composta de 29,16%.

Para as investidoras

Apesar da grande valorização nos últimos meses, a empresa ainda se encontra nas carteiras recomendadas. O Ebitda (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) cresceu 69% em comparação com o ano passado.

A receita líquida da companhia no primeiro trimestre de 2021 atingiu R$ 9,5 bilhões, aumento de 25,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a análise da Ágora Investimentos,  “esses resultados do primeiro trimestre de 2021 mostram que a empresa está no caminho certo com o turnaround da Avon, mas também com forte atuação das marcas Natura, TBS e excepcionalmente Aesop”.

A empresa conta com um grande potencial fora do Brasil, como a China, terceiro maior mercado de beleza no mundo, e as Filipinas, que é o maior mercado da Avon.

Entretanto, no último trimestre a empresa apresentou prejuízo e a dívida na casa dos R$ 14 bilhões e ainda preocupa os investidores.

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