Que a Magalu tem se destacado como verdadeira pioneira na transformação digital no Brasil, não é novidade para ninguém. Mas, e aí, quanto isso reflete em números na companhia e qual o retorno disso para quem investe nos papéis da empresa?
Dentro de toda a proposta da companhia de gerar uma grande transformação de negócio no ambiente digital, tem um ambicioso plano de aquisições de empresas que possam concretizar esse cenário. A aposta do Magazine Luiza no ambiente é tão grande, que a gigante do varejo na América Latina adquiriu, entre janeiro de 2020 e julho deste ano, mais de 20 empresas com ligação ou atuação no mundo online.
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Entre as aquisições do Magalu, tem a KaBum!, que gerou um grande burburinho no mercado pela transação ter envolvido R$ 1 bilhão.
Outro ponto positivo da companhia, é não deixar morrer suas raízes de loja física –aqui, se engana que a companhia seria apenas um superapp, com atuação exclusiva ao alcance de um clique. Em junho deste ano, a empresa anunciou à CVM que pretende implementar 23 lojas físicas no Rio de Janeiro, ainda em julho, na terra de Annita, a Malandra, que estrelou a campanha de chegada da varejista em solo carioca.
A mais recente aquisição do Magalu, ainda dentro do plano de concretizar a transformação digital por meio de uma plataforma virtual que concentra todo tipo de produto e serviço, foi a empresa de entregas por motocicleta Soma. A marca adquirida já prestava serviços para a varejista e chega para melhorar o tempo de entrega das compras feitas nas lojas do Magalu e, posteriormente, no marketplace.
Engana-se quem pensa que o Magazine Luiza nasceu pelas mãos de Luiza Helena Trajano. Na verdade, o negócio surgiu pelas mãos da tia da atual presidente do Conselho, Luiza Trajano Donata.
A marca surgiu em Franca, no interior de São Paulo, em 1957. O nome também não era o que conhecemos hoje, o Magazine Luiza foi, primeiramente, batizado de A Cristaleira. O nome atual surgiu após a tia de Luiza Trajano e fundadora do negócio anunciar um concurso aberto em uma rádio local, para que os próprios ouvintes escolhessem o novo nome da loja. O resultado já conhecemos: Magazine Luiza ou, carinhosamente, Magalu.
O IPO do Magalu foi concretizado em maio de 2011, sob o preço de R$ 0,46 por ação, 54 anos após sua fundação. Ontem (6) a cotação dos papéis da companhia chegou a R$ 20,46. A máxima histórica de fechamento das ações da empresa foi de R$ 25, 20, em 4 de janeiro deste ano.
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Dez anos após a estreia na bolsa de valores, as ações do Magazine Luiza acumulam valorização de 4.621,73%. Mais uma vez, o resultado prova que investir em empresas listadas na bolsa de valores é pensar no longo prazo.
Para as Investidoras
O Magazine Luiza é uma grande empresa do setor varejista e pode ser uma oportunidade de investimento para quem deseja comprar ações deste setor. Entretanto, ela deve ser analisada com atenção.
Segundo analistas da XP Investimentos, a recomendação da empresa é neutra. “Vemos a estratégia da companhia de se tornar um ecossistema completo como o caminho certo no mercado do e-commerce, pois permite que a empresa capture e retenha clientes ao longo de sua jornada de compras. No entanto, acreditamos que os preços atuais já refletem as iniciativas da empresa postas em prática durante 2020 para reforçar seu ecossistema”.
Os analistas acreditam que a empresa ainda tem espaço para crescer, principalmente com suas investidas no e-commerce e recentes aquisições.
