Fantasma da Evergrande volta a assombrar e Ibovespa cai após 3 altas

Mercado também reverbera pessimismo com a economia brasileira após dados de inflação e de expectativas do consumidor
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O principal índice brasileiro de ações caía hoje (24), reverberando movimento negativo dos mercados globais diante de renovados temores de que uma quebra da incorporadora Evergrande cause uma crise sistêmica nos setores imobiliário e financeiro da China, com possíveis implicações no mundo todo.

Também embutindo pessimismo com a economia brasileira após dados de inflação e de expectativas do consumidor, às 11h52 o Ibovespa recuava 1,2%, a 112.708,27 pontos, após ter subido por três dias seguidos. O giro financeiro da sessão era de R$ 8,3 bilhões.

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Na China, a incorporadora Evergrande deixou investidores globais em dúvida se receberão juros que venceram na véspera. A companhia deve US$ 305 bilhões e investidores temem um colapso sistêmico do sistema financeiro da China que reverbere em todo o mundo.

Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial brasileira teve em setembro o nível mais elevado para o mês em 27 anos.

“O resultado confirma nossa leitura de inflação elevada no curto prazo, pressionada tanto pelos repasses em curso dos elevados custos de produção quanto pelo efeito da aceleração dos preços dos serviços”, escreveu a economista Ana Paula Tavares, da XP.

E a Fundação Getúlio Vargas revelou que confiança dos consumidores brasileiros recuou ao menor patamar em cinco meses em setembro diante de temores inflacionários, risco de crise energética e de incertezas econômicas e políticas.

Destaques

  • BRF subia 1,4%. Na véspera, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de ações da companhia pela rival Marfrig, que avançava 0,2%. A Marfrig já tem quase 32% da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.

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  • AMERICANAS recuava 4,8%, mostrando maior pessimismo de investidores com novos sinais de inflação persistentemente alta no país, o que eleva apostas de um ciclo de aperto ainda maior da política monetária, o que deve prejudicar o consumo. No setor, GRUPO SOMA caía 3,2%, enquanto MAGAZINE LUIZA tinha baixa de 2,8%.
  • HAPVIDA tinha baixa de 2,1%. A empresa informou mais cedo que sua oferta pelo Grupo HB Saúde foi aprovada e prevê desembolsar R$ 383,5 milhões para comprar 59% dos acionistas da HB, a parcela dos que aprovaram a proposta.
  • BTG PACTUAL retrocedia 3,2%, ilustrando como investidores preferiam se desfazer de ações do setor bancário após uma recuperação robusta nas últimas três sessões. BRADESCO tinha retração de 1,45% e ITAÚ UNIBANCO era desvalorizada em 1%.
  • PETROBRAS recuava 0,3%, apesar da alta dos preços internacionais do barril do petróleo. PETRORIO liderava os ganhos do índice, subindo 3,8%.
  • VALE encolhia 1,2%, com a volta dos temores ligados à China e os possíveis impactos nas exportações de minério de ferro para aquele mercado. Na mesma trilha, CSN perdia 3,3%, enquanto USIMINAS tinha recuo de 2,5%.

(Com Reuters)

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