Receitas da Huawei com smartphone devem cair pelo menos US$ 30 bilhões em 2021

Perda não deve ser compensada com nichos em crescimento nos próximos anos
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A Huawei verá sua receita com negócios de smartphones cair em pelo menos US$ 30 a US$ 40 bilhões em 2021, perda que não deve ser compensada com nichos em crescimento nos próximos anos, disse o presidente da companhia chinesa, Eric Xu.

Embora a empresa esteja “se acostumando com as sanções dos EUA” impostas desde 2019, suas novas áreas de negócios ligadas a 5G não devem compensar as perdas do negócio de aparelhos, disse Xu, presidente rotativo, a jornalistas hoje (24).

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O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, colocou a Huawei em uma lista negra de exportação em 2019 e a impediu de acessar a tecnologia crítica de origem dos EUA, impedindo-a de projetar seus próprios chips e componentes de fornecedores externos.

As sanções atingiram de forma particularmente dura o negócio de smartphones da Huawei.

Outrora maior fornecedora de smartphones do mundo, a Huawei saiu do ranking dos cinco maiores vendedores da China no segundo trimestre pela primeira vez em mais de sete anos, de acordo com a empresa de pesquisas Canalys.

O smartphone ainda gerou receita de cerca de US$ 50 bilhões no ano passado, disse Xu. A Huawei relatou sua maior queda de receita no primeiro semestre de 2021, gerando 320,4 bilhões de iuanes (US$ 49,57 bilhões).

Xu disse que sua “maior esperança” para a empresa é que ela ainda exista nos próximos cinco a 10 anos.

Os esforços da China para desenvolver sua indústria de semicondutores mostraram “resultados bastante encorajadores”, disse Xu, mas enfrentar os desafios da cadeia de suprimentos da Huawei levará muito tempo.

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O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, mostrou pouca inclinação para reduzir a pressão sobre a Huawei até agora, com a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, dizendo na quinta-feira que tomará outras medidas contra a empresa, se necessário.

A Huawei tem procurado novas áreas de crescimento, como 5G e atualizações de infraestrutura baseada em inteligência artificial. A China será líder mundial na aplicação da tecnologia 5G nos próximos anos, disse Xu.

A empresa também está explorando investimentos em áreas que nada têm a ver com a cadeia de fornecimento de chips, disse Xu.

(Com Reuters)

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