Dólar pode cair 3,5% com resolução orçamentária, diz Barclays

Banco afirma que essa seria a contribuição local à performance fraca da taxa de câmbio entre agosto e setembro
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O dólar poderia cair até 3,5% ante o real no caso de uma “resolução satisfatória” para questões de curto prazo do Orçamento, como a possível votação nesta semana da PEC dos precatórios na Câmara, disseram profissionais do Barclays em nota hoje (18).

Segundo cálculos, essa seria a contribuição do fator local à performance fraca da taxa de câmbio entre agosto e a primeira metade de setembro, o que os profissionais entendem como uma reação à incerteza político-fiscal doméstica.

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“Uma resolução das questões orçamentárias de curto prazo (precatórios, expansão de programas sociais, etc.) poderia permitir que parte desse prêmio de risco fosse eliminada”, disseram.

O que se considera como a última parcela do auxílio emergencial está sendo paga neste mês, aumentando a pressão sobre o Executivo acerca de uma extensão do benefício ou da instituição de um Bolsa Família turbinado, que se chamaria Auxílio Brasil.

Desde a segunda quinzena de setembro, porém, outros fatores têm se tornado mais determinantes na formação do preço da taxa de câmbio, com o componente internacional mais presente depois da reunião de política monetária do banco central dos EUA, disse o Barclays.

Mas um elemento “residual” (não capturado pelo modelo do banco) começou a ter mais influência no sentido de elevar o dólar nas últimas semanas, disseram os profissionais, para quem as intervenções do Banco Central no câmbio foram ditadas em parte pelo desempenho pior do real, que não estaria correlacionado a outros fatores.

Segundo o Barclays, o aumento desse componente residual pode estar relacionado ao recente rali nos preços globais de energia e às discussões na seara política para reduzir a volatilidade dos preços locais dos combustíveis.

“Não esperamos que o (fator) residual seja corrigido de forma significativa com uma resolução da incerteza orçamentária, visto que seu aumento recente parece um tanto desconectado da discussão fiscal principal.”

(Com Reuters)

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