Se você mora neste planeta, já ouviu falar sobre “Round 6”. Desde a estreia, no último mês, a série sul-coreana já foi exibida em 142 milhões de lares em todo o mundo, segundo a Netflix. No Brasil, a produção se mantém no ranking de maior audiência desde setembro.
Dirigida por Hwang Dong-hyuk, a obra conta a história de centenas de adultos falidos que aceitam participar de um jogo secreto em troca do prêmio de 45,6 bilhões de wons, o equivalente a cerca de R$ 208 milhões. À medida que as provas avançam, os jogadores são colocados em situações extremas de vida ou morte.
LEIA MAIS: 6 lições sobre investimentos que podemos aprender em Round 6
Uma pesquisa da empresa de monitoramento de mercado Hibou a partir da opinião de 1 mil espectadores brasileiros revelou que a situação retratada ao longo de nove capítulos fez com que 83% dos entrevistados notassem semelhanças entre a série e a realidade econômica do país. Além disso, 38,3% perceberam no enredo uma metáfora para o mundo dos negócios, enquanto 37% relacionaram a história com a rotina de trabalho até a morte. O desemprego (24%) e a Câmara dos Deputados (17,9%) também apareceram como possíveis comparações.
“Round 6 faz muitas provocações e reflexões relevantes sobre a sociedade”, aponta Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa. “A discrepância social crescente, manipulação, ausência de ética e isenção de responsabilidade são temas recorrentes. Os brasileiros reconhecem que a ética, em algum momento, pode ser comprometida quando se busca vantagens financeiras”, analisa.
Quando questionados sobre o destino do prêmio, 61,2% dos entrevistados expressaram o desejo de viajar pelo mundo, 59,8% de quitar todas as contas e 57,6% de ajudar financeiramente familiares e amigos. O empreendedorismo também está nos planos de 46,4% dos brasileiros ouvidos.
Em relação aos jogos, 68% afirmaram que as pessoas são capazes de coisas horríveis por dinheiro, e 83,7% disseram acreditar que a riqueza não deveria induzir comportamentos pessoais. Já 73,1% acham que ninguém é totalmente bom e, em algum momento, fez ou fará mal a alguém. Em contrapartida, apenas 3,8% confessaram terem agido de má fé devido a dinheiro, enquanto 91,2% dos brasileiros disseram que nunca fizeram nada para prejudicar outra pessoa.
Felizmente, os jogos de “Round 6” devem continuar se limitando às telas. Apesar de 90% dos entrevistados relatarem empatia pelos jogadores e 25,3% afirmarem que se arriscariam para ter estabilidade financeira, apenas 6,7% de todos eles aceitariam participar de algo parecido na vida real.
Fique por dentro de todas as novidades da EQL
Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente