O que aprendemos na escola – e o que realmente deveríamos ter aprendido

Nenhum conhecimento é dispensável, mas há temas essenciais para a vida adulta que não fazem parte da grade curricular dos jovens
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Ao longo da vida, nós, brasileiros, passamos entre 12 e 15 anos na escola – isso sem contar a universidade e as especializações. Entre os diversos conteúdos ensinados, existem aqueles considerados básicos, que são essenciais para todos os tipos de pessoas, independentemente de suas habilidades, como literatura, gramática e matemática básica.

No entanto, boa parte dessa grade curricular acaba não sendo bem aproveitada em nossa vida profissional ou pessoal. E, por isso mesmo, terminamos por esquecer muito do que estudamos na escola. Pensando nisso, a Elas Que Lucrem conversou com executivas e empreendedoras para descobrir temas dos quais elas sentiram falta ao longo da vida e temas que poderiam ter sido excluídos da programação escolar.

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Veja, a seguir, quais são eles:  

O que deveríamos ter aprendido: como administrar o dinheiro

Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, 74% dos brasileiros estavam endividados no mês de setembro. Apesar de o país viver instabilidades econômicas desde sempre, a escola não ensina sobre como administrar o dinheiro ou como controlar os gastos, lições imprescindíveis para formar adultos financeiramente responsáveis.

O que aprendemos: leis da termodinâmica

O que deveríamos ter aprendido: como vender

Saber vender não é apenas para quem deseja, futuramente, trabalhar com isso. Em muitos momentos da vida precisamos vender alguma coisa: uma ideia, o nosso trabalho ou até a nossa imagem. No final das contas, essa é uma habilidade essencial, tanto pessoal quanto profissionalmente.

O que aprendemos: briófitas e pteridófitas

O que deveríamos ter aprendido: como empreender

O Brasil é considerado um dos países mais empreendedores do mundo. Segundo o Ministério da Economia, o país registrou recorde no número de novas empresas abertas em 2020 e encerrou o ano com cerca de 20 milhões de negócios ativos, o que representa um aumento de 6% em comparação com 2019. No caso dos microempreendedores individuais (MEIs), o crescimento foi ainda maior: 8,4% em relação ao ano anterior, com mais de 2,5 milhões de novos registros.

No entanto, criar e tocar uma empresa não é algo fácil: é necessário saber administrar as finanças, conhecer a tributação e a regulamentação do setor, conseguir lidar com os recursos humanos. Isso para mencionar apenas algumas das competências necessárias – e não ensinadas na escola.

O que aprendemos: tipos de solos e rochas

O que deveríamos ter aprendido: investir

Investimentos são, para grande parte dos especialistas, a chave do enriquecimento. Após aprender a administrar o dinheiro, saber como usá-lo para ganhar mais é essencial para garantir uma vida com menos amarras e mais alternativas e propósitos. No entanto, educação financeira é algo que passa bem longe do currículo escolar.

O que aprendemos: trigonometria

O que deveríamos ter aprendido: ciências políticas, sociais e econômicas

A cada quatro anos, decidimos quem serão os próximos governantes do país. No entanto, para que a democracia funcione, garantindo a liberdade – e a divergência – de opiniões num ambiente saudável, é preciso que os cidadãos compreendam o sistema político e social, além de um mínimo de economia. Só assim eles serão capazes de analisar a situação do país, as propostas dos candidatos e tomar boas decisões na hora da eleição. 

O que aprendemos: ciclo de Krebs

É necessário ressaltar, no entanto, que os conteúdos apontados como alternativas podem, claro, ser essenciais dependendo da profissão escolhida no futuro – apesar de que, nesses casos, eles serão amplamente aprofundados nas universidades ou  cursos profissionalizantes. Obviamente nenhum ensinamento é dispensável, mas alguns deles, essenciais para uma vida adulta plena, são ignorados pela educação escolar.

Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos certificada 

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