O que mexeu com o mercado no Brasil e no mundo em outubro de 2021

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O mês de outubro foi marcado pela alta volatilidade no mercado financeiro nacional e internacional, causada por riscos econômicos e políticos. O resultado foi uma queda expressiva na bolsa brasileira, que acumulou perdas de 6,7%. Veja, a seguir, os principais fatores que impactaram os investimentos ao longo do mês: 

Aconteceu no Brasil

O início do mês apresentou uma certa “calmaria” no cenário nacional, fazendo com que a bolsa brasileira seguisse o comportamento de seus pares norte-americanos. Ou seja, se NYSE e Nasdaq subissem, o Ibovespa acompanhava a alta.

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No que diz respeito aos dados econômicos, o mês seguia com certo otimismo graças à inflação de setembro (divulgada em outubro): aumento de 1,16% em comparação com agosto, abaixo das expectativas do mercado, de 1,25%.

No entanto, a calmaria durou pouco. O sentimento de cautela dos investidores começou depois que iniciativas do governo, como o Auxílio Brasil e o Auxílio Diesel, sinalizaram um possível aumento dos gastos estatais. A grande preocupação é com o rombo que essas medidas podem causar nas finanças públicas.

Para driblar o teto de gastos, o governo está tentando parcelar a dívida dos precatórios por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), medida que traria um alívio sobre as contas do ano que vem e acomodaria o programa de distribuição de renda que vai substituir o Bolsa Família. No entanto, isso ainda depende de votação na Câmara dos Deputados – que vem sendo adiada, já que o governo parece não ter quórum suficiente para aprová-la.

Já a prévia da inflação oficial de outubro foi alarmante: alta de 1,2%, a maior desde 1994. Para tentar conter o aumento de preços, o Banco Central subiu a Selic em 1,5%, levando a taxa de juros para 7,75%.

O mês de outubro também foi marcado pelo início da terceira temporada de balanços do ano no país. Por lei, as empresas negociadas em bolsa são obrigadas a divulgar seus resultados financeiros uma vez a cada trimestre.

Aconteceu no mundo

Nos Estados Unidos, o começo do mês foi marcado pela queda das plataformas operadas pelo Facebook: além da rede social, também Instagram e Whatsapp. Os aplicativos ficaram horas fora do ar, o que impactou a confiança na companhia de Mark Zuckerberg, cujo valor de mercado perdeu US$ 6 bilhões no dia.

Durante o mês, a maior preocupação foi com a provável redução nos estímulos que o governo nos Estados Unidos vem oferecendo à economia. Os investidores ficaram apreensivos, mas até agora a medida não passou de ameaça.

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Outubro também foi marcado pela aflição dos norte-americanos com a inflação. O aumento do custo de energia para a produção está causando impacto na oferta de produtos e o futuro, segundo o mercado, é preocupante. No entanto, o crescimento da economia ainda apresenta certa regularidade, ou seja, a velocidade da recuperação econômica é incerta.

Também foi temporada de balanço na terra do Tio Sam. Entre os principais destaques está a Microsoft, que surpreendeu o mercado com receita de US$ 45 bilhões, acima dos US$ 43 bilhões esperados pelos investidores, e a Colgate, com receita de US$ 4,4 bilhões, maior do que a estimativa de US$ 4,1 bilhões. Dessa forma, o S&P500 atingiu diversas máximas históricas e fechou o mês com uma alta de 6,9%.

Na China, o mercado se mostrou mais tranquilo após um setembro conturbado, sob o risco de calote da Evergrande. Os investidores entenderam que o não pagamento da dívida da companhia não seria capaz de minar o mercado imobiliário local, e os ânimos se acalmaram.

O que esperar para novembro

Novembro segue com balanços financeiros no Brasil e nos Estados Unidos. Até o momento, os resultados disponibilizados pelas empresas foram positivos na opinião dos investidores e a expectativa aumentou para o que vem por aí.

Por aqui, eles também seguem atentos à votação da PEC dos Precatórios, marcada para a próxima quarta-feira (3), depois do feriado. A preocupação com o risco fiscal e com a inflação vai se estender ao longo do mês, principalmente considerando que 2022 é um ano eleitoral. Por isso, a previsão é de mais um mês de cautela e volatilidade.

Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos certificada

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