IPO: entenda a sigla e saiba como as ações das empresas passam a ser negociadas na bolsa

Operação é uma das opções mais visadas pelas companhias para conseguir fundos para o crescimento
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IPO
Apesar do potencial de arrecadamento rápido, IPO requer organização e regularização prévia de todos os processos das empresas interessadas, diz especialista

A sigla IPO, tão recorrente nos noticiários econômicos e financeiros, vem ganhando menções cada vez mais frequentes conforme a maturidade do mercado de capitais avança. O caso mais recente no Brasil foi o do Nubank, que ingressou na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e também na brasileira B3, por meio de BDRs.

Em resumo, a Inicial Public Offering, ou oferta pública inicial, em tradução livre, significa a estreia das ações de uma empresa na bolsa de valores. Isso quer dizer que, a partir do IPO, é possível comprar frações da companhia que está negociando seus papéis e, assim, tornar-se sócio dela. 

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Uma das principais vantagens da abertura, para a companhia, é seu ganho de capital, já que está vendendo “fatias” para novos sócios – os acionistas. Com o montante levantado, as empresas aumentam seu potencial de crescimento e têm dinheiro para investir na expansão do negócio, como, por exemplo, por meio de aquisições de outras corporações. Além disso, elas também podem ganhar mais visibilidade e credibilidade no mercado. 

O Nubank, por exemplo, tornou-se o banco mais valioso da América Latina no mesmo dia em que realizou seu IPO. A companhia também passou a ocupar o terceiro lugar entre as mais valiosas do país, atrás somente da Petrobras e da Vale. E, na semana de estreia, a fintech alcançou o valor de US$ 54,6 bilhões, o equivalente a R$ 305,8 bilhões. 

Patricia Cezar, sócia-fundadora e CEO da Zahl Investimentos, destaca que o IPO é, principalmente, uma forma de financiamento para as empresas. Por isso, ele é tão visado pelos investidores, que além de ganharem com a venda das ações caso elas se valorizem, ainda podem receber dividendos e juros dessas empresas. 

Como comprar ações em um IPO?

Para fazer parte dos lucros da companhia, é necessário adquirir as ações disponibilizadas na bolsa, algo que deve ser feito por meio de corretoras de valores envolvidas com o IPO de interesse. É por meio delas que acontece a reserva e distribuição das ações disponibilizadas pelas companhias. 

Para saber quais empresas farão a estreia na bolsa, é possível consultar essas informações em sites como o da B3 e também da Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Além disso, normalmente o IPO é anunciado alguns meses antes em portais de notícias sobre finanças e blogs das próprias corporações. 

Patricia explica que os interessados devem definir o número de ações a serem reservadas e realizar o pagamento de parte delas à corretora. Após o encerramento da operação, quando o valor final dos papéis for definido, os investidores pagam o restante da quantia equivalente ao pedido realizado e tornam-se donos da parcela adquirida. 

Quais os requisitos e etapas para que uma empresa realize o IPO?

Para ter operação na bolsa, a empresa precisa estar na categoria Sociedade Anônima (S/A), que classifica as companhias que negociam ações. Além disso, segundo a sócia fundadora da Zahl Investimentos, também é necessário que ela esteja regularizada em uma série de aspectos, como compliance, auditoria e balanços. 

VEJA MAIS: NYSE prevê explosão de IPOs de empresas da América Latina após Nubank

Se a companhia obedece aos requisitos jurídicos, fiscais e corporativos, ela deve iniciar o planejamento para o IPO, que envolve questões como as expectativas de ganhos com a operação e qual tipo de oferta será realizada, por exemplo. Depois dessa etapa, a corporação realiza diversas reuniões – chamadas de roadshow – com investidores institucionais, para apresentar os principais pontos da empresa e suas metas. O objetivo é despertar o interesse de instituições financeiras e investidores na operação. 

Após o roadshow, acontece o pedido de registro da empresa à CVM e a solicitação de listagem na bolsa escolhida pela companhia. Se aprovada, a companhia realiza o bookbuilding, uma etapa em que é realizada a avaliação da receptividade do mercado quanto à iniciativa. Nela, os investidores institucionais dizem por qual valor gostariam de adquirir os papéis e, a partir disso, a empresa define qual será o preço final das mesmas na estreia. 

Para os investidores que não participam do roadshow, a aquisição depende de uma reserva realizada por meio da corretora escolhida. Depois desse processo, aqueles que fizeram as reservas aguardam pelo dia de lançamento das ações na bolsa. É nesse momento que o valor final dos papéis é divulgado e é possível observar o desempenho inicial no mercado. 

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