Pesquisa revela como o brasileiro pretende gastar o 13º salário

Segundo educadora financeira da Acordo Cedo, usar o valor para quitar dívidas é sinal de que algo não vai bem
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Com a chegada do fim de ano, além das festas e férias, aproxima-se também o tão desejado recebimento do 13º salário. Estabelecido na década de 1960, o bônus corresponde a 1/12 da remuneração anual prevista na carteira de trabalho – ou seja, um ordenado extra. Este ano, a primeira parcela da gratificação foi paga até o dia 30 de novembro, enquanto a segunda deverá ser quitada até o dia 20 deste mês. Com a data do último depósito tão perto, a maioria dos brasileiros já sabe o destino que dará ao dinheiro. 

Uma pesquisa da empresa de renegociação de dívidas Acordo Certo mostrou que 49% dos profissionais beneficiados planejam pagar as dívidas atrasadas com o 13º, enquanto 35% devem usar a quantia para quitar as contas do dia a dia. Embora esse pareça o jeito mais responsável de usar o dinheiro, a educadora financeira da instituição, Bruna Allemann, alerta que a necessidade de usar um “extra” para não entrar no vermelho já é um sinal de que as coisas não vão bem. “Isso só mostra como o consumidor incorpora mal o benefício na sua renda”, afirma. “Há quem gaste o ano inteiro e use esse dinheiro para tapar um buraco”, completa. 

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O puxão de orelha da especialista vai de acordo com o estudo, que revelou que 38% dos brasileiros vão usar toda a quantia de uma vez – e que ainda assim deve faltar dinheiro. Outros 67% confirmaram que o 13º salário será decisivo para evitar o surgimento de novas dívidas, enquanto 70% das entrevistados disseram que o valor “salvará” os gastos de final e início de ano. 

Seguindo o mesmo raciocínio, Bruna explica que a gratificação não deve ser encarada como uma solução mágica para os problemas com o orçamento. Dessa forma, o ideal é que as dívidas e os gastos extras desse período sejam planejados nos meses anteriores, sem que exista necessidade de liquidar todo valor de uma só vez. “Vale lembrar que o sucesso da educação financeira é decorrente de hábitos contínuos. Se a pessoa não consegue fazer isso ao longo do ano, precisa saber que não vai ser o 13º que vai mudar a sua vida”, aponta. 

Assim, com as contas sob controle, o melhor destino do salário seria o investimento, seja em uma carteira de ações propriamente ditas, em um novo empreendimento ou até mesmo para a realização de um sonho. “Essa quantia extra deve ser focada na organização financeira, pensando sempre em alcançar objetivos que hoje não são possíveis”, conclui.

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