Renda fixa: entenda como funciona e quais as principais opções dessa modalidade de investimento

Menos arriscada, categoria possui dois tipos de rentabilidade: títulos pré e pós-fixados
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Renda fixa é o investimento mais indicado para investidores conservadores

Investir pode parecer um desafio e causar inseguranças, principalmente para quem não tem nenhuma ideia de por onde começar. Nesses casos, a renda fixa acaba sendo a mais o tipo de investimento mais levado em conta pelos iniciantes. No entanto, é necessário ter cuidado com a palavra “fixa” nesse tipo de investimento, pois, apesar do nome, ele também sofre variações. 

Para começar, é importante saber que a renda fixa possui dois tipos de rentabilidade, que são os títulos pré e os pós-fixados. No primeiro caso, o valor do rendimento é estabelecido de acordo com uma taxa já prevista no momento em que o dinheiro é aplicado. No segundo, a quantia varia com base em algum indicador, como IPCA, Selic, CDI  e IGPM, entre outros. Por isso, nesse caso, não existe uma previsão exata do quanto será recebido. 

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Priscilene Nunes, especialista em investimentos, explica que, embora exista algum tipo de risco no investimento em títulos prefixados, a renda fixa é uma ótima opção para os investidores mais conservadores, principalmente aqueles que pretendem fazer uma reserva de emergência, por exemplo. Nessa situação, ela sugere que o investimento seja feito em títulos que possuem liquidez diária, ou seja, que permitem o resgate a qualquer momento.  

Outro perfil de investidor para o qual a renda fixa é indicada é aquele que deseja utilizar os juros para cobrir as despesas de alguma meta a curto prazo, como férias, troca de carro e reformas na casa. A economista e especialista em investimentos Kamila Winck esclarece que para a realização desses planos é essencial que o dinheiro seja investido nos títulos prefixados, para diminuir o risco.

Além da segurança oferecida no caso dos prefixados, a renda fixa também é vantajosa porque os títulos podem ser adquiridos por valores baixos, como alguns encontrados no Tesouro Direto por cerca de R$ 30. Kamila destaca que esse tipo de investimento também é positivo devido às garantias do  FGC (Fundo Garantidor de Crédito). “O FGC assegura ao investidor até R$ 250 mil por instituição e, no máximo, R$ 1 milhão por CPF em investimentos de renda fixa. Isso significa que, se a instituição que você deixar o dinheiro quebrar, o FGC devolve o dinheiro investido.” 

Ainda que seja um dos mais seguros e ideal para os investidores mais conservadores, a renda fixa não é um investimento totalmente livre de riscos. A especialista informa que existem dois principais: a variação na taxa, que pode alterar o valor das cotas e resultar na perda do valor caso o investimento seja resgatado antes do previsto; e o risco de liquidez, já que a taxa de juros pode subir em alguns momentos, mas o título não acompanha essa alta por ser pré-fixado. “A variação da taxa de juros pode fazer com que a escolha inicial não seja a melhor no futuro, mas não há possibilidade de resgate antes do vencimento previamente aceito”, afirma. 

O dinheiro aplicado na renda fixa é usado como uma espécie de empréstimo para instituições públicas ou privadas, e varia de acordo com o tipo de título adquirido. O rendimento vem dos juros desses empréstimos, que são calculados por meio de taxas nomeadas por siglas bastante populares quando se trata de investimentos, como CDI e Selic. 

CDI significa Certificado de Depósito Interbancário e é a taxa cobrada de empréstimos realizados entre bancos. O CDB prefixado, que é um título da renda fixa, segue a porcentagem estabelecida no CDI. Logo, se uma cota garante rendimento de 100% do CDI, isso indica que o valor recebido será equivalente ao índice definido nesta taxa. Já a Selic –  Sistema Especial de Liquidação e Custódia -, é a taxa básica da economia brasileira e um dos índices atrelados ao CDB pós- fixado.

Conheça, a seguir, alguns dos principais títulos de renda fixa para pessoa física:

Tesouro Direto: são os títulos negociados pelo governo federal e apresentam opções prefixadas e pós-fixadas; 

Poupança: é o investimento favorito dos brasileiros por ser fácil de aplicar, sacar e por não haver cobrança do imposto de renda; 

LCI e LCA: são emitidos por instituições financeiras privadas e chamados de Letras de Crédito. No caso do LCI, são destinados ao setor imobiliário, enquanto o LCA é específico para o agronegócio; 

CDB: títulos oferecidos por bancos e usados para financiar seus gastos operacionais; 

Debêntures:  títulos emitidos por empresas, exceto bancos e outras ligadas ao setor imobiliário e ao agronegócio. São usados como forma de empréstimo para essas companhias e servem para cobrir suas despesas ou dívidas;

Fundos de investimento: funcionam a partir da compra de cotas, que têm valor pré-estabelecido. Essas cotas são usadas para investir em diferentes tipos de ativos e podem valorizar ou desvalorizar durante o período em que estão aplicadas. 

OLHA SÓ: Qual a diferença entre renda fixa e renda variável

Quais os títulos mais indicados para os iniciantes?

Priscilene aconselha que os primeiros investimentos sejam em renda fixa, com liquidez diária e que rendam, no mínimo, 100% do CDI. Já a economista Kamila Winck indica os títulos públicos, por apresentarem opções de prazo para a reserva de emergência (Tesouro Selic), curto prazo (Tesouro pré-fixado) e longo prazo (Tesouro IPCA+). 

Priscilene ainda acrescenta que, se o objetivo do investimento é usar o rendimento para pagar algum plano, como a compra de um imóvel, carro ou uma viagem, por exemplo, o ideal é aplicar o dinheiro em títulos nos quais o vencimento coincida com o prazo para essas metas.

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