O metaverso, conjunto de ambientes virtuais em terceira dimensão que as pessoas podem acessar por meio de dispositivos, virou a nova sensação da tecnologia, gerando cerca de US$ 47 bilhões no ano passado em nível global. Até 2028, espera-se que a cifra chegue a US$ 800 bilhões. Além disso, a expectativa sobre esse universo paralelo é tanta que até Mark Zuckerberg mudou a rota de negócios do Facebook – agora Meta.
Para além dos games e dos eventos e reuniões virtuais, no entanto, a tecnologia apresenta uma nova via de investimentos. Já tem gente comprando lotes nesse mundo virtual, que subiram até 500% depois que o fundador da rede social anunciou a mudança. Andrew Kiguel, CEO da empresa de criptoativos Tokens.com, de Toronto, no Canadá, por exemplo, gastou cerca de US$ 2,5 milhões para adquirir um terreno.
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Para Jennie Li, estrategista de ações da XP, ainda é difícil analisar o tamanho do impacto no mercado financeiro, uma vez que é muito recente, assim como identificar os melhores ativos.
Enquanto os analistas acompanham de perto a novidade, veja, a seguir, os quatro principais investimentos possíveis de serem feitos no metaverso:
Terrenos no Metaverso
Como já mencionado, comprar terrenos e lotes nesse novo espaço virtual é uma das possibilidades. Assim como compramos e vendemos pedaços de terra no mundo real como forma de ganhar dinheiro, o mesmo acontece no Metaverso.
Segundo a G2D, no entanto, antes de decidir comprar um terreno virtual é necessário fazer uma análise dos objetivos, riscos e retorno. Ou seja, a mesma regra que vale para qualquer tipo de ativo.
Criptomoedas usadas no Metaverso
Mas nem só de terrenos vive o metaverso. Os jogos são a porta de entrada para esse novo mundo – com todas as “necessidades” dos avatares – e grandes empresas já estão começando a testar operações de varejo online. Todas as transações operadas no metaverso, no entanto, são feitas com criptomoedas, que, assim como qualquer moeda, podem ter ganhos e perdas. Entre as mais utilizadas estão a MANA, que subiu 400% em apenas um mês.
A G2D explica que cada ambiente do metaverso possui sua própria criptomoeda e, investir em criptoativos ligados a esse novo universo, é uma maneira simples de participar dele. No entanto, alerta para a necessidade de entender o investimento e suas particularidades.
Ações
As ações são uma maneira indireta – e mais simples – de participar dessa revolução. A Meta – ex-Facebook -, por exemplo, está listada na bolsa de valores dos Estados Unidos. Por aqui, é possível adquirir os papéis da empresa por meio de BDRs.
A Microsoft é outro exemplo. Em meados deste mês, a gigante fundada por Bill Gates gastou quase US$ 70 bilhões para adquirir a Activision Blizzard, desenvolvedora de jogos como “Call of Duty” e “Candy Crush”. A operação faz da empresa a terceira maior no setor de games, atrás apenas da Tencent e Sony. A investida pode colocar a companhia numa posição de vantagem no metaverso. “Jogos são a mais animadora e dinâmica categoria de entretenimento e serão a base para o desenvolvimento do metaverso”, disse Satya Nadella, CEO da Microsoft, na época da operação.
ETFs
Investidores interessados em participar do metaverso também podem optar por ETFs (fundos de índices), um tipo de fundo que replica um índice. O ETF META é um deles, que rastreia o índice Ball Metaverse. Isso significa que ele investe apenas em empresas globais que estão na vanguarda da nova tecnologia, como fornecedoras plataformas virtuais, hardware, segurança da informação e redes. “A grande diferença, neste caso, é que o investimento é feito em um conjunto de ações, o que traz diversificação em vez de apostar em um único ativo relacionado ao metaverso”, diz Jennie.
Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos
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