Corretoras de valores: entenda como funcionam e conheça os principais investimentos realizados por elas

Segundo especialista, uma das vantagens de usar uma empresa do tipo é o baixo valor das taxas na comparação com os bancos
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Corretora de valores
Corretoras intermediam as operações de compra e venda de ativos financeiros (Foto: Elas que Lucrem)

Como uma espécie de ponte entre o investidor e os produtos de investimento, as corretoras de valores são responsáveis por intermediar as negociações de ativos de renda fixa e variável. No Brasil, pessoas físicas não podem negociar diretamente ações e títulos na bolsa de valores, o que acabou por originar esse tipo de negócio.  Elas fazem parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN), um conjunto de companhias que realizam operações envolvendo os investimentos de pessoas, empresas e até do governo.  

A assessora de investimentos da Messem, Julia Beny, faz uma analogia ao comparar as corretoras a “shoppings de investimentos”, já que é neste ambiente que são realizadas análises, compras e vendas de uma série de ativos. A  especialista ressalta, ainda, que apesar de a instituição executar as aplicações para o cliente, elas são meras intermediárias, ou seja, não possuem produtos financeiros próprios. Todas as operações são feitas com produtos emitidos pelas instituições financeiras. 

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Além da aplicação dos recursos dos clientes, as corretoras também podem oferecer assessoria e conteúdos educacionais sobre o tema. Uma das diferenças entre os grandes bancos e as corretoras é que, enquanto o primeiro só oferece aos clientes os seus próprios produtos, a segunda trabalha com um portfólio muito maior, composto por opções de várias instituições financeiras, permitindo uma diversificação muito maior da carteira. Há, ainda, uma diferença – que costuma ser grande – entre as taxas cobradas pelo serviço, por isso a dica é se informar antes de optar por um ou outro. 

As corretoras precisam de autorização prévia do Banco Central do Brasil para funcionar e estão sujeitas à fiscalização da B3, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do próprio BC. 

Quais investimentos são realizados nas corretoras?

As ofertas das corretoras passam por ações, títulos, e fundos de investimento. Veja, a seguir, algumas opções disponíveis nessas instituições: 

Renda Fixa

Tesouro Direto: são os títulos negociados pelo Governo Federal com opções prefixadas (rendimento definido no momento da compra) e pós-fixadas (rendimento definido quando a aplicação é retirada);

CDB: títulos oferecidos por bancos e usados para financiar seus gastos operacionais; 

LCI e LCA: as Letras de Crédito Imobiliário e as Letras de Crédito do Agronegócio são emitidas por instituições financeiras privadas;

Debêntures:  títulos emitidos por empresas, exceto bancos e outras ligadas ao setor imobiliário e ao agronegócio. São usados como forma de empréstimo para essas companhias e servem para cobrir suas despesas ou dívidas.

OLHA SÓ: Qual a diferença entre renda fixa e renda variável

Renda Variável 

Ações:  negociadas na bolsa de valores, as ações são unitárias e representam um ativo de uma companhia, da qual o investidor vira sócio ao adquirir;

Fundos Imobiliários: são como um “condomínio” de ações, só que especificamente de ativos ligados ao setor imobiliário; 

ETFs (Exchange Traded Funds): a sigla corresponde a fundo de índice, em português, e, assim como nos fundos imobiliários, é um condomínio de ações. A diferença é que os ativos que compõem esse fundo são replicados da carteira teórica de um índice, como o Ibovespa, por exemplo;

Fundos Multimercados: são compostos por diferentes tipos de ativos, como ações e derivativos, por exemplo. Assim como outros fundos, também conta com um gestor e é mais complexo do que os demais por contar com uma variedade de investimentos.

Vantagens de contratar uma corretora de valores

Algumas das principais vantagens em investir por meio de corretoras estão ligadas à facilidade, proteção oferecida por essas instituições e taxas menores do que a dos bancos. Na maior parte delas, os valores cobrados são mais baixos, já que recebem comissões de empresas parceiras quando disponibilizam e vendem seus produtos financeiros.  

Outro ponto importante tem relação com a segurança oferecida pelas corretoras aos clientes. Julia esclarece que, apesar de realizarem a aplicação dos investimentos, essas instituições não armazenam o valor investido pelos clientes. O armazenamento e registro é atribuído às chamadas “clearing houses”, responsáveis por garantir a segurança das transações envolvendo os ativos financeiros e por proteger a investidora em situações como a falência da corretora, por exemplo, uma vez que oferecem a possibilidade de transferir os ativos para outra instituição. 

A especialista acrescenta que ativos de renda fixa, como CDB, LCI, LCA, CRI e CRA, ficam armazenados na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP). Já aqueles negociados na bolsa de valores brasileira (B3), como ações, ETFs e FIIs, ficam na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

VEJA MAIS: EQL EXPLICA: a bolsa de valores e suas operações

Como abrir conta e utilizar a corretora

Atualmente, a maioria das corretoras de valores possui suas próprias plataformas online, onde é possível se cadastrar e abrir uma conta de maneira rápida e simples. Por isso, o primeiro passo é decidir qual instituição é a melhor para você. Julia aconselha que, ao buscar uma empresa que ofereça o serviço, a investidora deve analisar três pontos principais: as taxas cobradas, a oferta de produtos e o suporte oferecido por ela. 

Depois de escolher, basta realizar o registro, transferir a quantia desejada e o valor para pagar as taxas cobradas, se for o caso. Por fim, o investidor deve decidir quais produtos financeiros disponíveis na instituição serão adquiridos. 

Taxas cobradas pelas corretoras

Como mencionado anteriormente, nem todas as corretoras realizam esse tipo de cobrança, mas algumas delas podem requerer um valor pelas operações executadas. Por isso, conheça as principais taxas:

Taxa de abertura de conta: pouco comum entre as corretoras, o valor é cobrado pelo registro de um novo cliente no banco de dados da instituição e dá acesso aos serviços oferecidos por ela; 

Taxa de corretagem: refere-se às operações de compra e venda feitas na bolsa de valores, e varia de corretora para corretora;

Taxa de custódia: cobrada pelo registro e armazenamento dos investimentos na instituição financeira custodiante. 
Taxa de administração: cobrada apenas para investimentos em fundos, já que estes requerem um gestor para administrar as aplicações.

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