Vai investir em 2022? Entenda a importância de diversificar sua carteira

Estratégia é recomendada por especialistas para diminuir os riscos em eventuais oscilações do mercado
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(Foto: EnvatoElements)

Que tal começar o ano já cumprindo aquela velha promessa de guardar uma parte do seu dinheiro para começar a investir? Seja para ter uma reserva de emergência, alcançar objetivos, garantir a aposentadoria, fazer uma viagem ou até mesmo aumentar a sua renda, as aplicações financeiras podem oferecer muitas vantagens aos investidores.

Se em 2022 você quer dar o pontapé inicial e entender a melhor forma de gerenciar os seus ganhos para que eles rendam frutos, é importante preparar uma estratégia com o menor nível possível de riscos. No mercado financeiro, isso passa por uma carteira de investimentos diversificada. Ou seja, a recomendação, na prática, é que você não coloque todo o seu dinheiro em um único produto.

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Isso porque, no caso da renda variável, a desvalorização de um determinado ativo pode ser compensada pela valorização de outro. Em um cenário hipotético, imagine que todo o seu dinheiro está aplicado em um determinado produto e há uma crise generalizada no setor. O resultado pode ser uma grande perda.

Priscila Agra, assessora de investimentos da Guide Investimentos, explica que existe uma regra de ouro no mundo dos investimentos. “Nunca devemos colocar todos os ovos na mesma cesta. Diversificar a carteira de investimentos é a melhor estratégia para reduzir os riscos, porque essa diversificação impede que a investidora se exponha demais a um único ativo, principalmente quando se trata de renda variável.”

Ela esclarece que o problema é que, quando colocamos todos os recursos em ações de apenas uma empresa, por exemplo, estamos sujeitas às intempéries daquele negócio ou do seu setor de atuação. “No entanto, quando a investidora escolhe comprar ativos com diferentes características, prazos, setores, moedas, localizações geográficas e indexadores, forma uma carteira diversa, com investimentos complementares, para diluir riscos e potencializar retornos maiores de acordo com seu perfil de investimento e apetite.”

Já Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, diz que diversificar os investimentos é importante, mas depende de cada realidade financeira, objetivos e perfil. “Para quem está saindo das dívidas e começando a poupar, a diversificação passa pelos ativos de renda fixa e, em alguns casos, um ou dois ativos de maior liquidez. Logo, não há tanta diversificação”, argumenta.  

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Mas ela contextualiza que o cenário é diferente quando falamos de uma carteira de uma investidora mais avançada e com perfil mais agressivo. Neste segundo caso, o portfólio pode ser composto por ativos de renda fixa para a reserva de emergência e de renda variável pensando mais no longo prazo, com vários tipos de ativos, e cerca de dez ações de empresas diferentes em alguns casos.

A educadora destaca que cada ativo possui suas características, rentabilidade e segurança. “Para diversificar a carteira de investimentos é preciso ter em mente seus objetivos e metas, com os prazo esperados de conclusão, além de conhecer a sua realidade financeira e o seu perfil da investidora, de maneira a fazer aplicações assertivas. No caso da realidade financeira, é muito importante saber o quanto um imprevisto poderia impactar as finanças, por exemplo, garantindo uma reserva para que não seja necessário vender ativos de renda variável por um valor abaixo do da compra só por urgência.”

Para Larissa, é interessante ter a reserva de emergência em ativos seguros e de alta liquidez, como os CDBs e o Tesouro Selic. “Para objetivos de médio prazo é possível investir, por exemplo, em ativos financeiros atrelados à inflação e até mesmo em alguns fundos mais seguros e menos voláteis. E, para objetivos de longo prazo, compor a carteira também com ativos de renda variável, como fundos desse tipo e ações.”

Fernanda Della Monica, sócia e head comercial da 3A Investimentos, acredita que, atualmente, essa estratégia gera baixa volatilidade e os investidores conseguem ter um retorno melhor à medida que o mercado oscila. “Se, por exemplo, o mercado brasileiro vai mal, o dólar sobe e, consequentemente, as aplicações dolarizadas valorizam, então conseguimos ter uma carteira um pouco mais estática e menos volátil em termos de quedas muito bruscas.”

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A economista Débora Expósito, assessora de investimentos também da 3A, é outra defensora de uma reserva de emergência feita com ativos de baixo risco e alta liquidez. “Com a reserva montada, o passo seguinte é identificar o perfil – conservador, moderado ou agressivo – e os seus objetivos de curto, médio e longo prazos.”

Em seguida, é hora de escolher ativos de diferentes classes para compor a carteira, como, por exemplo, os de  renda fixa, multimercados, renda variável e internacionais. 

“É possível diversificar dentro de cada categoria. No caso da renda fixa, o recurso pode ser dividido em ativos com diferentes indexadores, como os prefixados, pós-fixados atrelados ao CDI ou híbridos, que são aqueles que têm uma parte da rentabilidade indexada à inflação e outra parte prefixada. Na renda variável é possível diversificar com ações de empresas de setores distintos, daquelas que pagam dividendos e com vistas à valorização do papel. Na categoria internacional, uma alternativa é aplicar via fundos de investimento em gestoras que adotam diferentes estratégias e aplicam em diversas classes de ativos e regiões geográficas”, detalha a especialista.

A assessora de investimentos lembra, ainda, da importância de ter um acompanhamento de um profissional para remanejar os aportes diante dos diversos cenários e oscilações do mercado.

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