6 perfis do brasileiro em relação ao dinheiro; descubra qual é o seu

Pesquisa do Google analisa como ganhamos, gastamos e investimos nosso capital
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6 perfis do brasileiro em relação ao dinheiro; descubra qual é o seu
(Foto: Envato Elements)

Ainda hoje, o assunto dinheiro é um tabu no Brasil: o tema é pouco discutido em família e, muitas vezes, é fonte de conflitos. Além disso, a visão que se tem sobre ele é paradoxal. Se, por um lado, o consumo é uma forma de pertencimento na nossa sociedade, por outro, o medo de não ter recursos no fim do mês é uma constante em muitos lares. 

Com base nessa constatação, o Google, em parceria com a Liga Pesquisa e a Provokers, realizou um estudo que analisa de maneira abrangente como o brasileiro ganha, gasta e investe seu dinheiro. Os dados, que apontam uma dificuldade da população em lidar com o capital, também explicam por que isso acontece. 

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Em primeiro lugar, segundo o estudo, a sociedade desigual na qual estamos inseridos interfere na perspectiva de mobilidade social. Isso faz com que, quando se vê com um dinheiro extra, o brasileiro prefira consumir a poupar. Ou seja: quando se trata de dinheiro, costumamos pensar mais no curto prazo do que no planejamento de longo prazo.

Além disso, na nossa sociedade é comum fazermos uma associação direta entre dinheiro e trabalho – o que significa o trabalho como a única fonte de riqueza –, o que também limita o brasileiro, que não entende que a renda pode vir de outros lugares, como investimentos, por exemplo. Por fim, o assunto é um tabu por conta da falta de educação financeira, condição que desperta medo de perder dinheiro e não permite que as discussões sobre o tema transcorram como se fosse qualquer outro assunto.

A pesquisa identificou seis perfis que marcam a relação do brasileiro com o dinheiro. Veja, a seguir, quais são eles e descubra em qual você se encaixa:

Os batalhadores

6 perfis do brasileiro em relação ao dinheiro; descubra qual é o seu
(Foto: Google/Reprodução)

Para este grupo, que representa 26,3% dos brasileiros, o dinheiro é para ganhar. Geralmente, são pessoas que o enxergam como uma forma de sobrevivência e para pagar contas. Assim, os batalhadores não veem o capital como um caminho para a felicidade. 

Além disso, acreditam que o dinheiro corrompe as pessoas e o consideram algo ruim. Se precisam ganhar mais, preferem iniciar um negócio em vez de investir ou poupar. Dentre os batalhadores, há uma maior predominância de autônomos, com renda mais baixa, que moram nas regiões Nordeste e Sudeste e são menos escolarizados. Neste grupo há, ainda, um número mais significativo de desempregados.

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Para o perfil batalhador, gastar é sinônimo de tristeza, e poupar, de empoderamento. Apesar de ver os bancos como viabilizadores dos seus planos, esse grupo é o que menos participa do sistema financeiro, especialmente quando se trata de investimentos e carteiras digitais.

Os endividados

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(Foto: Google/Reprodução)

Este grupo é tão significativo no Brasil quanto o anterior, inclusive com a mesma porcentagem: 26,3% do total. Os endividados são aqueles que estão sempre correndo atrás para dar um jeito de a conta fechar. Para eles, dinheiro é para pagar. Este perfil é o que menos consegue poupar e seus gastos consomem tudo o que ganham, por isso acabam usando o cartão de crédito para esticar o orçamento e conseguir pagar tudo. E, como o crédito tem juros mais altos, a dívida acaba se tornando uma bola de neve, difícil de controlar. 

O grupo dos endividados é composto, sobretudo, por pessoas casadas que têm um emprego formal, uma renda mais baixa, moram nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e são menos escolarizadas.

Por estar sempre no vermelho e mais distante de atividades ligadas a investimentos, os endividados sentem muito medo e ansiedade quando precisam investir, principalmente por se sentirem confusos e pouco empoderados quando o assunto é finanças ou economia.

Os céticos

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(Foto: Google/Reprodução)

Para os céticos, dinheiro é algo a ser evitado. Eles representam 21,2% da população e acreditam que o dinheiro torna as pessoas reféns, por isso preferem manter distância. Este grupo está desacreditado, acha que nunca conseguirá enriquecer ou ter dinheiro suficiente. Uma parte considerável dos céticos é formada por pessoas casadas que têm emprego formal, renda média, são menos escolarizadas e têm maior predominância entre moradores da região Sul.

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Nos brasileiros com este perfil, os sentimentos em relação ao dinheiro são negativos. Dessa forma, gastar é uma tristeza, poupar é uma surpresa e investir traz medo e ansiedade. Além disso, quando se trata da penetração de produtos financeiros, o grupo fica abaixo da média em quase todos, exceto quando o assunto é financiamentos e títulos de capitalização. E, para eles, investir é economizar, ou seja, pagar o mínimo possível pelas coisas que desejam.

Curiosamente, o grupo dos céticos é o que menos faz transferências via Pix. Já o cartão de crédito só é usado em compras grandes, como bens duráveis, viagens e compras online.

Os materialistas

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(Foto: Google/Reprodução)

Já para os materialistas, que são 15,2% da população, é claro que dinheiro é para gastar. Geralmente, essas pessoas querem usufruir de tudo que o capital pode oferecer e, por isso, dinheiro traz felicidade e status. As pessoas deste grupo não se importam de pagar um pouco mais caro para ter aquilo que desejam, afinal, acreditam que o que é bom é caro. 

Este perfil é composto sobretudo por pessoas solteiras que têm uma renda média, moram nas regiões Nordeste e Sudeste e são menos escolarizadas. O grupo é o que menos enxerga o dinheiro como um caminho para as coisas: Para eles, dinheiro é o objetivo final.

Gastar é uma alegria para o materialista e, como ele prefere consumir com o dinheiro que sobra no fim do mês, poupar acaba sendo algo curioso. Por sua vez, investir é um empoderamento. Desse modo, os materialistas são pessoas que estão em fase de experimentação, especialmente em renda fixa, previdência e tesouro direto.

Os planejadores

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(Foto: Google/Reprodução)

Este grupo equivale a 6,1% do total de brasileiros e tem o hábito de poupar todo mês. Para os planejadores, dinheiro é para multiplicar. São pessoas que gostam de deixar o dinheiro investido e que estão sempre em busca de conhecimento, conteúdos e cursos de educação financeira. Por isso, os planejadores se tornam referência na família quando o assunto é cuidar do patrimônio.

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O perfil deste grupo é de pessoas casadas que têm uma renda alta, estão predominantemente nas regiões Sul e Sudeste e são mais escolarizadas.

Para o planejador, gastar é tranquilo, poupar é empoderamento e investir provoca entusiasmo e confiança: apenas sentimentos positivos, afinal, para este grupo, a relação com dinheiro está sob controle. Pessoas desse perfil são as que mais possuem produtos financeiros, que vão da poupança e títulos públicos a ações e criptomoedas.

Os poupadores

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(Foto: Google/Reprodução)

Como o nome já diz, para os poupadores, dinheiro é para guardar. Representando 5,1% da população, eles têm um perfil parecido com o dos planejadores: guardam dinheiro mensalmente e gostam de conteúdos de educação financeira. A diferença está no menor apetite para o risco: uma vez que preferem a poupança, estão sempre em busca de descontos em compras e adoram pechinchar. 

Neste grupo, predominam pessoas solteiras que têm renda média e são mais escolarizadas. É o perfil que mais conta com donas de casa, uma vez que 12% do total dos poupadores têm essa ocupação. Por outro lado, esse é o grupo mais jovem entre todos, o que pode explicar o menor apetite para o risco, já que estão no início da vida, com uma renda não muito alta e uma preocupação maior em guardar. 

Exatamente por isso, para eles, gastar é motivo de nervosismo, poupar gera entusiasmo e investir causa a sensação de empoderamento. O zelo com o dinheiro, aliás, é o que mais os diferencia dos planejadores, o que não significa que eles não possam se tornar planejadores no futuro. 

Este perfil é o que mais possui maquininhas próprias de cartões e que quer melhorar habilidades de investimento e de pagamentos. Mais conectados, os poupadores gostam de produtos que facilitem os pagamentos digitais, como Pix e cartão virtual.

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