Cerco a Vladimir Putin: engrossa a lista de empresas que aderiram às sanções econômicas impostas à Rússia

Entre os principais setores que adotaram medidas para sufocar a economia russa estão tecnologia, mídia, transportes, logística e energia
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David Radomysler/Pexels
As sanções impostas à Rússia começaram no setor financeiro e continuaram nos mais variados setores (Foto: David Radomysler/Pexels)

Após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia no último dia 24, quando Vladimir Putin autorizou ataques militares contra o país vizinho, diversas sanções passaram a ser aplicadas ao território russo por países e empresas de diferentes partes do mundo. 

Essas penalidades, que já começaram a afetar a economia russa – para se ter uma ideia, em uma semana o rublo russo já registra uma desvalorização de mais de 30% e a inflação atinge diversos setores do país -, são medidas adotadas numa tentativa de frear o avanço dos conflitos, já que tornam mais difíceis as atividades econômicas no país de Putin.

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No caso da guerra no leste europeu, as sanções começaram no setor financeiro – com a retirada de bancos russos do sistema Swift, plataforma financeira de comércio internacional – , e continuaram nos mais variados setores. De companhias de mídia e tecnologia às de transportes e logística, a cada hora novas sanções são divulgadas com o intuito de isolar a Rússia do resto do mundo e, consequentemente, interromper o avanço sobre a Ucrânia.

Confira, a seguir, algumas das principais medidas adotadas por empresas de diversos setores contra a economia russa:

Tecnologia e mídia

Empresas como Meta (antigo Facebook), Alphabet (controladora do Google), Twitter, TikTok e YouTube, todas gigantes da tecnologia focadas em produção e divulgação de conteúdo, anunciaram ao longo dos últimos dias que estão rebaixando e/ou bloqueando informações, conteúdos e fake news vindas de estatais russas ou de companhias apoiadas pelo governo de Putin. Em paralelo, a Apple informou ao mercado que interrompeu as vendas de seus produtos em território russo, além de limitar o acesso a alguns aplicativos dentro do país. A Oracle, gigante dos bancos de dados, anunciou, pelo Twitter, que interrompeu suas operações no país. 

Transportes e logística

Algumas companhias aéreas importantes em nível global, como a Delta Airlines, interromperam suas operações no país comandado por Putin. Fabricantes de peças de avião como Boeing, Airbus e a brasileira Embraer também suspenderam os serviços de fornecimento, manutenção e apoio técnico no país em decorrência da guerra.

Na área de logística, as maiores empresas de transporte marítimo do mundo, Maersk e MSC, interromperam todas as entregas vindas ou que têm como destino a Rússia, incluindo os transportes de insumos básicos (materiais médicos, alimentos e produtos de higiene).

Energia 

Já no setor de energia, as principais medidas anunciadas são de empresas ligadas às commodities, com destaque para o petróleo. Shell, ExxonMobil e BP informaram o encerramento de todas as suas atividades e investimentos em território russo.

Vale lembrar que a Rússia é um dos principais países exportadores de petróleo do mundo. Com os conflitos geopolíticos no território, as projeções do mercado são de que a oferta global da commodity seja afetada. Como consequência, os preços do petróleo estão disparando, o que deve levar a uma maior pressão inflacionária espelhada por diversos países.

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Setor financeiro

No dia 27 de fevereiro, o banco britânico HSBC começou o encerramento de suas relações com uma série de bancos russos, incluindo o segundo maior deles, o VTB. Já as empresas de cartão de crédito Visa, Mastercard e American Express bloquearam diversas instituições financeiras russas de suas redes. “A Visa está tomando medidas imediatas para garantir o cumprimento das sanções anunciadas e está preparada para se adequar a outras que possam ser implementadas”, disse a empresa em um comunicado.

Montadoras

Entre as companhias automotivas que anunciaram fazer parte do esforço global contra a Rússia estão BMW, Renault, Mercedes, Volkswagen, GM, Ford, Toyota, Jaguar, General Motors e até a Harley Davidson, fabricante de motocicletas que tem a admiração do presidente Vladimir Putin. “Pela situação geopolítica atual, estamos descontinuando nossa produção local na Rússia e também as exportações para o mercado russo”, disse a BMW em comunicado. As demais montadoras seguiram na mesma linha. “Apesar de não termos operações significativas na Ucrânia, temos um forte contingente de ucranianos trabalhando pela Ford em vários países”, disse a montadora norte-americana. 

Entretenimento

Nem o setor de entretenimento ficou de fora das penalidades impostas à Rússia. Disney, Sony Pictures e Warner anunciaram, na segunda-feira (28), a suspensão das estreias de seus filmes no país. “Devido à invasão não provocada à Ucrânia e à trágica crise humanitária, estamos suspendendo a estreia de filmes na Rússia, incluindo o próximo ‘Red – Crescer é uma Fera’ da Pixar”, informou a Disney em comunicado. No caso da WB, o cancelamento foi da estreia de “Batman”, enquanto a Sony suspendeu “Morbius”. A Netflix suspendeu a produção de quatro originais russos que estavam na programação e avisou que não vai mais comprar filmes e séries produzidos por lá.

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Moda

A invasão russa à Ucrânia coincidiu com os desfiles de moda na Europa.  Para demonstrar sua insatisfação com a iniciativa de Vladimir Putin e apoio ao povo ucraniano, marcas reconhecidas globalmente não tardaram em se posicionar. A  Nike, por exemplo, anunciou que não venderá mais seus produtos na Rússia. O grupo H&M, Puma e Burberry não só não comercializarão seus itens em território russo, como também não farão qualquer tipo de entrega por lá. “O Grupo H&M decidiu pausar temporariamente todas as vendas na Rússia. As lojas na Ucrânia já foram temporariamente fechadas devido à segurança de clientes e colegas”, publicou a H&M em comunicado.

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