Conheça os 10 destaques entre altas e baixas do Ibovespa em março

O mês foi marcado pelo descolamento da bolsa brasileira em relação ao exterior, servindo como mercado emergente alternativo para o capital de investidores em todo o mundo
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O mês de março foi marcado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia e as consequências econômicas para o mundo, em especial, o choque de oferta de commodities como o petróleo.

A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, abaixo dos Estados Unidos, e detém todo o mercado consumidor europeu.

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O mundo discute alternativas para o abastecimento alternativo da região. Na Alemanha, já se cogita recessão econômica com a iminente falta de gás natural no país.

Uma saída temporária seria o suprimento pelos Estados Unidos. Joe Biden sinaliza ceder 1 milhão de barris diários das reservas estratégicas do país para minimizar o problema.

Como consequência da guerra, a cotação internacional do petróleo disparou e promoveu um choque global na cadeia desta matriz energética.

Aqui no Brasil, a Petrobras promoveu um forte reajuste nos preços dos combustíveis que culminou em mais uma demissão de CEO da companhia pelo presidente Jair Bolsonaro – a segunda troca em menos de um ano.

Joaquim Silva e Luna, militar de carreira, será substituído por Adriano Pires, economista igualmente favorável à atual política de preços da estatal atrelada à cotação internacional e também à ideia de privatização.

Apesar do impacto da alta nos preços dos combustíveis na inflação do país, o Banco Central suavizou a dose do aperto na reunião deste mês. Elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual para 11,75% ao ano, sinalizando mais uma alta em maio no mesmo nível como a última de 2022.

Nos Estados Unidos, Jerome Powell avisou o mercado e cumpriu uma dose mais forte do remédio contra a inflação. O presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, além dos outros ‘Fed boys’ – como são chamados os presidentes distritais do Fed – elevaram a taxa que estava perto de zero em 0,25 ponto percentual e prometeram mais altas ao longo do ano e até a terceira reunião de 2023.

Na bolsa brasileira, houve a continuidade do forte movimento de entrada de capital externo em busca de refúgio e ganhos. Ações de empresas com preços atraentes foram o chamariz para estes investidores. Os balanços corporativos do quarto trimestre divulgados nas últimas semanas deram maior fundamento ao capital externo na hora da escolha das ativos para investimento.

O Ibovespa encerrou o mês de março com alta de 6,06%. No primeiro trimestre, o índice acumulou valorização de 14,47%.

Veja as ações com melhor e pior resultados em março:

5 ações que mais se valorizaram no mês:

1. CVCB3

Variação: + 32,97%

Preço: R$ 16,69

A CVC é uma das maiores operadoras de turismo na América Latina. A companhia concentra atividades nos segmentos de viagens de lazer, corporativas e de intercâmbio.

2. COGN3

Variação: + 25,22%

Preço: R$ 2,83

A Cogna é uma organização que atua na área de educação, tanto no ensino superior presencial quanto à distância, além de educação básica. Antiga Kroton, a empresa passou por uma reestruturação em 2019, criando quatro unidades de negócios.

3. QUAL3

Variação: + 24,65%

Preço: R$ 16,03

A Qualicorp é uma empresa que atua no ramo de planos de saúde. Ela realiza a administração, gestão e vendas de planos empresariais e coletivos por adesão. Também presta serviços em saúde, atendendo mais de 2,5 milhões de usuários.

4. RRRP3

Variação: + 23,52%

Preço: R$ 41,85

A 3R Petroleum é uma companhia especializada na operação de campos maduros de petróleo e foi fundada em 2014 por Ricardo Savini e Daniel Soares.

5. JHSF3

Variação: + 22,35%

Preço: R$ 6,57

A JHSF é uma empresa do setor imobiliário de alta renda que atua em atividades de desenvolvimento e administração de projetos. Ela está nos setores de renda recorrente, hotéis e restaurantes, incorporação, e aeroporto executivo.

5 ações que mais se desvalorizaram no mês:

1. EMBR3

Variação: – 15%

Preço: R$ 14,96

A Embraer foi criada pelo governo federal, em 1969, como Empresa Brasileira de Aeronáutica, companhia de capital misto e controle estatal. Privatizada em 1994, a companhia tornou-se a maior exportadora de produtos manufaturados de alta tecnologia do hemisfério sul e a terceira maior fabricante de jatos comerciais de até 150 lugares do mundo.

2. PRIO3

Variação: – 7,78%

Preço: R$ 23,81

A PetroRio é uma empresa especializada na gestão de reservatórios de petróleo e no redesenvolvimento de campos maduros. Atua com foco no investimento e na recuperação de ativos em produção.

3. BRKM5

Variação: – 7,18%

Preço: R$ 44,30

A Braskem é uma empresa química e petroquímica. Criada em 2002 pela integração de seis companhias, está entre as seis maiores do segmento no mundo, com mais de 40 unidades industriais em quatro países.

4. FLRY3

Variação: – 6,95%

Preço: R$ 16,01

O Grupo Fleury é uma das maiores e mais tradicionais empresas de medicina diagnóstica do país. Inaugurada em 1926, parte do crescimento da empresa foi por intermédio de aquisições de marcas do setor, como forma de complementar o mix de serviços e expandir a área de cobertura de atendimento.

5. AZUL4

Variação: – 5,41%

Preço: R$ 23,92

A Azul Linhas Aéreas foi fundada em 2008 pelo empresário David Neelman, nascido no Brasil e criado nos Estados Unidos. Focada em rotas regionais, a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), a Azul conquistou mercado e consumidores.

Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem

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