Lucro do Fleury cai 58% no quarto trimestre

Companhia registrou ganho líquido de R$ 66 milhões no período
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O Fleury teve queda nos resultados do quarto trimestre, uma vez que maiores despesas ofuscaram o leve crescimento das receitas no período.

O grupo de medicina diagnóstica anunciou hoje (17) que seu lucro ajustado de outubro a dezembro somou R$ 66 milhões, queda de 57,6% ante mesma etapa de 2020. A previsão média de analistas consultados pela Refinitiv para o lucro da companhia era de R$ 68,8 milhões. 

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O resultado operacional do Fleury medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) recorrente somou R$ 255,4 milhões no trimestre, montante 17,2% menor do que um ano antes. A previsão de analistas para essa linha era de R$ 271,6 milhões, segundo a Refinitiv. A margem Ebitda recorrente caiu de 33,3% para 25,1%.

Embora a receita líquida tenha crescido 9,7% ano a ano, para R$ 1,02 bilhão, as despesas gerais evoluíram mais rápido, 12,6%, para R$ 120,1 milhões.

A companhia explicou que no quarto trimestre de 2020 as despesas haviam sido excepcionalmente menores, dados os esforços de contingência para ajudar a amenizar os efeitos da Covid-19, que impactaram fortemente as receitas do grupo.

Além disso, a empresa teve gastos ligados a um ataque digital, além de com restruturação organizacional e compras de empresas. Em 2021, foram seis aquisições de negócios.

A presidente-executiva do Fleury, Jeane Tsutsui, citou ainda a forte base de comparação do final de 2020 em termos de faturamento, quando houve um movimento atípico de exames eletivos que haviam sido represados nos meses anteriores em meio a medidas de isolamento social para conter a pandemia.

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Segundo ela, com o gradual redução da Covid-19 a evolução dos negócios da companhia devem se dar em bases mais normais, com crescimento gradual das receitas, inclusive com serviços como telemedicina, que voltaram a crescer em janeiro, após uma queda no final de 2021. Isso, aliado à integração dos negócios adquiridos, deve contribuir para alguma recuperação das margens.

Tsutsui disse à Reuters ainda que a companhia avalia fazer novas aquisições ao longo deste ano, “mas com muita disciplina”.

O diretor de finanças do grupo, José Filippo, afirmou que o Fleury tem caixa (gerou R$ 1,1 bilhão em 2021) e espaço para elevar a alavancagem financeira (dívida líquida de 1,3 vez o Ebitda no fim de dezembro). Porém, ele disse que a companhia está “revisando alguns parâmetros” para possíveis novas aquisições, como o dos juros mais altos da economia.

“Teríamos espaço para um nível de alavancagem de até 3 vezes, mas não vamos passar de 2 vezes”, disse.

(Com Reuters)

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