Mulheres ainda são mais conservadoras nos investimentos e preferem a poupança

Pesquisa da fintech Onze mostra que ações e criptomoedas são as escolhas de apenas 8,2% e 6,7% do público feminino, respectivamente
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(Foto: Freepik)

As mulheres têm preferência por investimentos mais conservadores, enquanto os homens buscam modalidades com maior risco. Essa foi a conclusão de uma pesquisa feita pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, que analisou mais de 19 mil respostas. 

O levantamento, realizado entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, mostra que, para realizar suas metas financeiras este ano, 32,4% das mulheres pretendem investir na poupança, 13,9% em títulos de renda fixa e 9,4% em fundos de investimento. Entre os homens, 27,8% disseram optar pela poupança, 26,1% por títulos de renda fixa e 19,1% por fundos de investimento.

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A diferença dos perfis fica mais evidente nos investimentos de maior risco, como ações e criptomoedas. Para as mulheres, essas são as opções menos escolhidas, apontadas por 8,2% e 6,7%, respectivamente. Já entre os homens, os índices são de 19,3% e 18,4%.

Ana Paula Netto, consultora financeira da Onze, lembra que existe uma relação direta entre risco e retorno. Quanto mais risco você estiver disposto a assumir, maior – provavelmente – será o retorno.

A pesquisa também leva em consideração os investimentos realizados com o décimo terceiro salário do ano passado. Títulos de renda fixa foram os preferidos para ambos os públicos: 50% entre os homens e 48% entre as mulheres. Quando analisado o apetite ao risco, os homens foram mais agressivos: 47,9% optaram por ações, 36,9% por fundos de investimentos e 26% por criptomoedas. Entre as mulheres, 39,3% escolheram ações, 33% fundos de investimentos e 12% criptomoedas.

Já em relação aos hábitos de investimentos recorrentes, a poupança é a preferida  das mulheres (44%), enquanto títulos privados são a principal escolha dos homens (35%).

Na análise feita pela fintech, constatou-se que a preferência de homens e mulheres é poupar mensalmente ou criar novas formas de renda em vez de resgatar investimentos, fazer dívidas ou até vender o carro. Os números são bem próximos: entre as mulheres, 49,7% dizem que vão poupar mais mensalmente, 42,7% criarão novas formas de renda e 4% pretendem buscar empréstimos ou financiamentos. Resgatar investimentos (2,3%) e vender seu carro/imóvel (1,1%) são alternativas com baixíssima adesão.

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Já entre os homens, 45,6% dizem querer poupar mais mensalmente, 45,5% vão criar novas formas de renda e 4,4% buscarão empréstimos/financiamentos. Resgatar investimentos (2,5%) e vender seu carro/imóvel (1,8%) também têm pouca aderência.

“Os hábitos voltados à economia de dinheiro também são similares entre os públicos. A maior parte prefere reduzir custos, seja evitando compras desnecessárias (68% mulheres e 67% homens) ou até mesmo pesquisando preços menores (51% das mulheres e 47% dos homens), opções que se destacam à frente de encontrar novas formas de receitas”, explica Ana Paula.

Quanto à aposentadoria, mulheres e homens, em sua maioria, acreditam que a renda neste período virá do INSS: 56,2% e 54,4%, respectivamente. Mas os homens (36,2%) contam mais com aplicações financeiras para se aposentar do que as mulheres (27%). A previdência privada aparece em 3o lugar e é opção de 23,5% dos homens e 19% das mulheres. 

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