Com a Selic em alta, quais são as melhores opções de investimento?

A taxa básica de juros já está em 11,75% ao ano e as perspectivas são de novas elevações nos próximos meses
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taxa selic
(Foto: RODNAE Productions/Pexels)

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar, mais uma vez, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A alta foi de 1%, o que levou a Selic a 11,75% ao ano. Segundo o próprio Copom, outros aumentos estão previstos nos próximos meses.

O ciclo de aperto monetário, como é chamada essa sequência de elevações na taxa de juros, ocorre numa tentativa do BC de frear a pressão inflacionária persistente que atinge o Brasil há mais de um ano. Vale lembrar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o principal indicador da inflação no Brasil – acumulado em 12 meses até fevereiro é de 10,54%.

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Se, por um lado, a inflação e os juros altos afetam o poder de compra da população, por outro, esses números elevados trazem boas oportunidades de investimento na renda fixa brasileira, explicam especialistas do mercado financeiro.

Onde investir com a taxa Selic subindo?

De acordo com especialistas do App Renda Fixa, os investimentos com maior possibilidade de bons rendimentos no curto e no médio prazo são títulos de renda fixa atrelados ao IPCA e ao CDI.

Os produtos que acompanham o IPCA protegem o patrimônio do investidor, ou seja, o dinheiro vai render justamente a variação da inflação. Por isso, se os preços subirem, o investimento também vai valorizar. Além disso, a maioria dos títulos atrelados ao IPCA oferecem também uma taxa pré-fixada, gerando um rendimento adicional aos investidores.

Já os investimentos que seguem o CDI são diretamente impactados pela variação da taxa Selic. Isso porque o CDI é uma modalidade de juros praticada no mercado financeiro que tem como base a Selic. Assim, com a taxa básica de juros no maior patamar desde 2017, quando chegou a 12,25% ao ano, os títulos atrelados ao CDI também passam a oferecer uma rentabilidade maior e mais atraente. 

No entanto, analistas da Blue3 destacam que é necessário calcular qual é o juro real do investimento atrelado ao CDI, descontando o rendimento da taxa Selic do valor da inflação medida pelo IPCA. 

“Neste caso, se o investidor tiver um título de 12% ao ano com uma inflação de 10%, o rendimento é de 2%. Por isso, é recomendado que as opções de investimentos sejam maiores do que a inflação para que o investidor garanta o seu poder de compra”, pontuam os especialistas.

Principais opções de investimentos de renda fixa

  • Tesouro Direto: títulos públicos emitidos pelo Governo Federal 
  • CDBs: sigla para Certificado de Depósito Bancário, que são títulos emitidos por instituições financeiras;
  • LCIs: sigla para Letras de Crédito Imobiliário, títulos emitidos por instituições financeiras que têm como lastro os papéis de crédito imobiliário;
  • LCAs: sigla para Letras de Crédito do Agronegócio, títulos emitidos por instituições financeiras que têm como lastro os papéis de crédito para o agronegócio;
  • Debêntures: títulos de dívidas de empresas.

Os títulos do Tesouro Direto são considerados os mais seguros do país, tendo em vista que são os únicos garantidos pelo próprio Tesouro Nacional. Desde que foi criado há 20 anos, não há registros de calotes do Tesouro Direto e há opções de títulos pré-fixados, atrelados ao IPCA e à taxa Selic.

Já os CDBs, LCIs e LCAs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), um mecanismo bastante popular no mercado financeiro, que garante ao investidor o recebimento do seu dinheiro em caso de falência da instituição financeira que emitiu o título. Outra vantagem dos LCIs e LCAs é que estes investimentos são livres da cobrança do imposto de renda.

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As debêntures não têm nenhum mecanismo que garanta que o investidor receba seu dinheiro em caso de falência da empresa. Dessa forma, para evitar riscos de calotes, especialistas explicam que é necessário conferir qual a avaliação da empresa pelas agências de classificação de risco. Quanto mais alta a nota, menor é a chance de a empresa não honrar seus compromissos financeiros.

Investimentos no longo prazo

Para o longo prazo, analistas ressaltam a importância da diversificação da carteira de investimentos. A renda fixa é uma parte importante que garante a segurança do portfólio, mas, para alavancar os ganhos, é necessário, também, considerar as opções da renda variável.

“É importante conciliar uma cesta de investimentos composta por ativos com diferentes prazos de vencimento, diferentes índices de remuneração e diferentes classes de ativos. Um exemplo seria montar uma carteira formada por renda fixa, ações e alguns fundos imobiliários, sempre alinhados ao perfil de risco de cada investidor”, explicam os especialistas do App Renda Fixa.

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