Ações da Boeing desabam com novos atrasos do 777X e despesas extras

A fabricante norte-americana de aviões divulgou prejuízo trimestral de mais de US$ 1,2 bilhão
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A Boeing anunciou hoje (27) a interrupção da produção do 777X até 2023 devido a um novo atraso e após problemas de certificação e demanda fraca, com US$ 1,5 bilhão em custos anormais para o programa mini-jumbo.

As ações da fabricante norte-americana de aviões caíam cerca de 8% após a empresa divulgar prejuízo trimestral de mais de US$ 1,2 bilhão em encargos devido a custos com fornecedores, problemas técnicos em seu avião presidencial Air Force One, jatos de treinamento e a guerra na Ucrânia.

“Outro conjunto terrível de resultados”, disse Nick Cunningham, analista da Agency Partners, em nota a clientes, sublinhando que a dívida líquida subiu para um novo pico de mais de US$ 45 bilhões.

No lado positivo, a Boeing disse que apresentou um plano de certificação aos reguladores de segurança aérea dos EUA em um passo para retomar as entregas do 787 Dreamliner, interrompido por quase um ano por inspeções e reparos em uma caso que custa cerca de US$ 5,5 bilhões para a empresa.

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A Boeing “concluiu o trabalho necessário nos aviões iniciais e está realizando voos de verificação”, disse o presidente-executivo Dave Calhoun em um comunicado, um desenvolvimento que deve animar as companhias aéreas que reduziram os voos em rotas longas devido a atrasos nas entregas.

Calhoun não especificou quando a Boeing retomará as entregas do 787. A empresa também confirmou atraso na entrega do primeiro jato 777X para 2025, mas disse que está confiante no programa. A Reuters publicou na semana passada que a Boeing informou as principais companhias aéreas e fornecedores de peças que as entregas seriam retomadas no segundo semestre deste ano.

“Estamos preocupados que esse atraso (na entrega do 777X) possa permitir que as companhias aéreas cancelem sem multa”, disse o analista do Citi Research Charles Armitage.

A fabricante no relatório do primeiro trimestre que está a caminho de gerar fluxo de caixa positivo para 2022, à medida que aumenta as entregas de aeronaves 737 MAX.

A empresa teve prejuizo trimestral por ação de US$ 2,75, ante perda de US$ 1,53 por ação um ano antes. A receita caiu de US$ 15,22 bilhões para US$ 13,99 bilhões.

A empresa teve despesa de US$ 660 milhões no trimestre com o VC-25B – mais conhecido como Air Force One – devido a custos maiores com fornecedores, problemas técnicos e atrasos no cronograma.

A empresa registrou US$ 367 milhões em despesas por seu jato de treinamento T-7A Red Hawk devido à inflação, problemas na cadeia de suprimentos e impactos devido à pandemia.

A empresa registrou prejuízo antes de impostos de US$ 212 milhões devido aos impactos da guerra na Ucrânia e sanções internacionais contra a Rússia.

(Com Reuters)

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