Boca Rosa revela como aprendeu a gerir sua vida financeira depois de quase falir

Mesmo consciente da importância do dinheiro desde a infância, a empreendedora não escapou de um período de crise
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boca rosa
Da esquerda para direita, Bianca Andrade (Boca Rosa), Rachel de Sá e Isabela Matte no painel “Meu Dinheiro, Minhas Regras”, do evento “Minas Que Investem, organizado pela Rico

Para quem não a conhece desde os primeiros vídeos de maquiagem que gravava em sua casa, na comunidade do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, a trajetória de Bianca Andrade, popularmente conhecida como Boca Rosa, pode parecer fácil.

No entanto, a empresária, que fundou as companhias Boca Rosa Beauty e Boca Rosa Hair – marcas de produtos de beleza que estão entre as mais consumidas do Brasil -, já passou por muitos desafios, inclusive financeiros, para chegar até aqui.

Em entrevista ao Elas Que Lucrem minutos antes de participar do evento “Minas Que Investem”, realizado ontem (7) pela Rico para incentivar mulheres a participarem mais ativamente do mundo dos investimentos, Bianca contou que, desde pequena, foi ensinada a economizar dinheiro, mas isso não a impediu de passar por um período de crise financeira.

Relação com o dinheiro na infância

“Eu nasci e fui criada numa favela até os 20 anos e, lá, a nossa relação com o dinheiro nunca foi muito aprofundada”, conta. Mas a empresária lembra que, mesmo em meio às dificuldades da infância e adolescência, sua mãe sempre a incentivou a guardar os seus R$ 50 por mês.

Quando, em 2011, aos 16 anos, a influenciadora – que conta atualmente com mais de 17 milhões de seguidores no Instagram – decidiu começar a gravar vídeos, a consciência financeira já estava presente. Ela explica que a atitude da mãe de ensiná-la a poupar desde cedo fez com que ela não se deslumbrasse com o dinheiro que começou a ganhar quando seus conteúdos passaram a ser monetizados no YouTube.

“Eu sempre fui a famosa mão de vaca, então, quando comecei a ganhar dinheiro, não gastava com coisas superficiais, porque eu não podia”, diz, contando que, mesmo famosa, quando ia ao shopping com as amigas preferia comprar um lanche em um restaurante e a bebida em outro para gastar menos dinheiro do que se optasse pelos combos oferecidos nos estabelecimentos comerciais.

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Crise financeira

Toda essa consciência adquirida desde cedo, porém, não foi suficiente para livrar a empresária de uma crise financeira entre 2017 e 2018. “Eu já tinha uma boa estrada de internet, mas estava naquela fase de me redescobrir. Nessa época, parei de fazer algumas coisas para investir em outras e, em seguida, me tornei empreendedora”, diz.

Bianca destaca que, antes de lançar sua marca de maquiagens, viveu um período em que gastava mais do que faturava. Naquele momento, a influenciadora explica que deixou de aceitar algumas publicidades por questões morais. “Meu custo era muito maior do que meu faturamento e, um dia, percebi que estava falindo.”

Bianca comenta que foi um momento muito difícil, seguido por diversas crises de ansiedade. No entanto, foi nessa época, depois das frustrações, que ela aprendeu a fazer a gestão de sua equipe e de seus custos para que nenhuma família que dependesse do trabalho em sua empresa passasse por dificuldades causadas pela sua falta de aprendizado e experiência em relação ao empreendedorismo.

Boca Rosa e a relação com os investimentos

Em relação aos investimentos, Boca Rosa ressalta que começou a investir há poucos anos, porque passou muito tempo apostando em sua própria empresa. “Nunca fui uma pessoa de guardar muito, justamente porque sempre tive muitas ideias e investia nelas.”

Além disso, a empreendedora acredita que falar sobre dinheiro ainda é uma característica majoritariamente associada aos homens, e isso atrasa o processo de inclusão das mulheres nesse universo. Porém, como nunca é tarde para começar, hoje ela tem seus próprios investimentos e ainda administra o dinheiro do filho Cris, de menos de um ano, pensando no longo prazo.

Ela conta que todo o dinheiro que entra com publicidades relacionadas ao bebê é direcionado à conta dele. Bianca ressalta que a educação financeira estará presente na vida do filho desde a infância para que, no futuro, ele possa usar esse dinheiro como um facilitador para realizar suas próprias escolhas de vida.

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