Carro premium ou popular: saiba quanto você pode ganhar se substituir um modelo mais caro por um mais barato e investir a diferença

Especialista ressalta que a aquisição do veículo dos sonhos envolve uma série de etapas
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Carro
Especialista recomenda aos consumidores que, antes de adquirir um carro, sejam levados em conta o valor dos combustíveis, impostos, taxas e outros custos envolvidos (Foto: EQL)

Em 2021, 75% dos brasileiros declararam que gostariam de comprar ou trocar de carro, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O resultado é surpreendente diante dos aumentos derivados da pandemia de Covid-19 no setor de veículos, que elevou os preços dos automóveis novos em 9%, conforme estudo da Kelley Blue Book Brasil (KBB).

O índice só comprova o que já sabemos há muito tempo: o brasileiro é realmente um apaixonado por carros. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em 2015 os três maiores sonhos de consumo da população eram fazer uma viagem para o exterior (15%), fazer uma viagem nacional (12%) e comprar um carro (9%).

No entanto, assim como outras aspirações relacionadas à aquisição de bens, a compra de um automóvel envolve uma série de etapas a serem cumpridas para que o consumidor não acabe endividado, especialmente quando o modelo dos sonhos ainda não cabe no orçamento. 

Para a consultora de finanças pessoais Evelin Bonfim, os consumidores devem ter em mente que não há problema adquirir um bem de alto valor desejado por anos, mas eles precisam estar cientes de que essa aquisição não pode colocar o controle financeiro em risco. “Está tudo bem comprar algo só porque você quer. Porém, você também merece ter segurança financeira e uma vida sem dívidas”, afirma. 

Como saber se é a hora certa para comprar o seu carro dos sonhos?

Antes de começar a poupar e planejar a compra do carro dos sonhos, é importante que vários fatores sejam considerados, como os custos do automóvel, como o pagamento será realizado, qual o prazo para essa aquisição e, principalmente, quais as prioridades financeiras no momento. 

Em primeiro lugar, indica Evelin, é essencial que os consumidores busquem montar a reserva de emergência e, apenas depois de concluírem esse valor economizado para eventualidades, iniciem as aplicações para outros objetivos. “Ela deve ser prioridade para todo mundo porque é a base de tudo. Se a reserva não existir e surgir um imprevisto, a pessoa provavelmente entrará em dívidas”, destaca a consultora. 

Após a primeira etapa, a especialista aconselha que seja feita uma análise das finanças, considerando todos os gastos e receitas. Dessa maneira, será possível avaliar quanto do orçamento ainda pode ser comprometido ou quanto poderá ser poupado todos os meses para a aquisição. 

Assim que esse passo for concluído, é imprescindível pesquisar sobre quais outros gastos serão acarretados com a compra do novo bem. Evelin aponta que, nesse sentido, alguns fatores devem ser levados em conta, como combustível, IPVA, manutenções periódicas, preço das peças e custo médio do seguro para o veículo e para o perfil do motorista. 

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Além disso, realizar uma comparação do quanto já é gasto com transporte também é uma boa opção para avaliar se é o momento certo para adquirir o automóvel. A especialista ressalta que, muitas vezes, os consumidores possuem despesas altas com corridas de aplicativos e ônibus de viagem, por exemplo, então é necessário calcular se o valor total será maior ou menor do que as parcelas do financiamento do novo veículo ou da quantia poupada para a aquisição dele. 

No entanto, se o propósito é mudar de carro para um mais caro, o cenário muda. Evelin destaca que, quando o automóvel tem um valor elevado, que ainda não está dentro do orçamento, os consumidores devem avaliar se a troca pode esperar mais tempo ou, ainda, se o veículo pode ser substituído por um de menor valor enquanto a quantia total para o item “sonho de consumo” não foi atingida. 

Por fim, depois de checar todos esses pontos, a especialista indica que seja feita uma análise sobre quanto do orçamento será comprometido com os custos do carro, desde as parcelas do financiamento ou das aplicações realizadas com foco na aquisição até as despesas anuais com o automóvel. 

Ela ressalta que o valor não deve tomar toda a margem do orçamento, para que as finanças não fiquem apertadas e também porque imprevistos podem acontecer. Então, se é possível pagar uma parcela de R$ 1.000, o melhor é estabelecer um teto de R$ 700, exemplifica Evelin. 

Definição de prioridades

Para ajudar a definir prioridades – e mostrar que é possível viver sem o veículo dos sonhos enquanto constrói a sua independência financeira -, a Elas Que Lucrem fez uma comparação entre os preços de um carro popular e um carro da categoria premium.

Depois de levantar o valor de cada automóvel e descobrir a diferença de preço entre os dois, fizemos diversas simulações de investimentos. Veja, a seguir, o resultado: 

Carro

Sendo assim, a diferença entre o automóvel mais caro, modelo BMW X1 sDrive20i GP Plus 2022 – R$ 287.950 – e o mais barato, modelo FIAT ARGO 1.0 FLEX 4P 2022 – R$ 75.368,00 – é de R$ 212.582. Veja, a seguir, o quanto esse valor renderia em investimentos de renda fixa, sempre com prazo de 24 meses:

Tesouro prefixado: R$ 253.512,93

Tesouro Selic: R$ 252.314,19

Tesouro IPCA+: R$ 272.120,64

CDB e LC: R$ 265.542,78

LCI e LCA: R$ 259.221,86

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