Carro próprio, de aplicativo ou táxi? Veja em que casos compensa abrir mão de ter seu veículo

Conta precisa levar em consideração os gastos fixos e variáveis e a quantidade de quilômetros rodados
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Pixabay/Pexels
Muitas pessoas passaram a considerar a possibilidade de aderir aos serviços de aplicativo ou táxi em vez de ter um carro na garagem (Foto: Pixabay/Pexels)

Os recentes aumentos dos combustíveis, IPVA e seguro têm feito muitos proprietários se questionarem se realmente compensa ter um veículo. Além de tudo isso, o valor dos carros propriamente ditos também está inviabilizando essa decisão. Só nos últimos três anos, o preço dos modelos zero quilômetro subiram, em média, 31% segundo a Fipe, ou seja, bem acima da inflação.  

Todos esses fatores estão levando muita gente a considerar a possibilidade de aderir aos serviços de aplicativo ou táxi em vez de ter um carro na garagem. No entanto, antes de tomar essa decisão é preciso analisar o custo-benefício.

Para a assistente de marketing e influencer Giovanna Maeno, a liberdade que o veículo particular proporciona é inegociável. “Eu optei pelo carro quando comecei a faculdade. Como eu morava longe do campus, o carro me trazia tranquilidade, conforto, segurança e rapidez. Hoje, para ir trabalhar, ele me traz mais vantagens do que depender do transporte público ou de aplicativos, principalmente pelo fator segurança”, diz.

Em contrapartida, a gerente de comunicação Dora Anderáos optou se locomover pela cidade de São Paulo apenas por meio dos carros de aplicativos. “Atualmente, cerca de 5% do meu orçamento mensal é destinado ao pagamento do serviço.” Entre os motivos que a levaram a essa escolha está o alto valor desembolsado na hora da compra, mas Dora menciona também os gastos que aparecem de surpresa na vida dos proprietários de veículos.

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Na hora de fazer a conta entre as três alternativas, é preciso colocar todas as despesas na ponta do lápis, fixas e variáveis, além da média rodada no ano. No caso das fixas, temos que considerar IPVA, revisão, seguro, depreciação do valor anual do veículo, licenciamento e, caso não tenha sido comprado à vista, a parcela mensal do financiamento. Já entre os gastos variáveis é preciso levar em conta combustível, estacionamento, multas, manutenção, troca de pneus, pedágios e lavagens. 

Mas, afinal, como escolher a melhor opção? Para ajudá-la nessa decisão, a Elas Que Lucrem fez uma simulação de gastos por meio de uma das ferramentas disponíveis no mercado, considerando dois tipos diferentes de veículos, perfis distintos de uso e a não existência de parcelas pendentes. Veja, a seguir, a constatação:

*A depreciação considera uma perda anual de 8% do valor do veículo, calculada com base nos modelos mais vendidos na Tabela Fipe. **O custo de oportunidade é quanto o dono do carro ganharia ao aplicar esse dinheiro e considera a taxa Selic livre de impostos. ***Licenciamento sugerido é o valor cobrado no estado de São Paulo.

CONFORTO

Vale lembrar que uma das coisas que deve ser levada em consideração é o conforto. Desde o começo da pandemia de Covid-19, a Uber vem enfrentando problemas com cancelamento de viagens. Usuários reclamam diariamente da dificuldade de conseguir um carro para ir até o destino final. Segundo a companhia, a demanda por carros do aplicativo cresceu muito e não há motoristas suficientes para supri-la. 

Já os motoristas alegam que a alta taxa de cancelamento está diretamente ligada ao preço atual do combustível, ou seja, viagens curtas costumam não compensar para esses profissionais.

*O simulador usado pela EQL foi: https://valorinveste.globo.com/ferramentas/calculadoras/carro-uber-taxi/

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