O dólar disparou nesta sexta-feira (22), registrando a maior alta percentual diária desde o começo da pandemia de Covid-19, em março de 2020, e chegou a flertar com R$ 4,84. O dia foi de forte ajuste de posições no câmbio, movimento ditado pelo nervosismo global que catapultou o dólar lá fora a máximas em mais de dois anos, por receios de um aperto monetário ainda mais acelerado nos EUA.
O dólar já estava em patamar elevado no começo da tarde, mas seguiu galgando novas máximas, o que deixou o real em posição ainda pior em relação a seus pares. A contínua escalada foi resultado do acionamento de uma série de ordens de contenção de perdas (“stop-loss”) por operadores.
A moeda, então, tocou R$ 4,83, alta de 4,78% e cotação máxima do dia. Foi então que o Banco Central entrou em cena e anunciou o primeiro leilão de venda de dólar spot do ano. O Bacen colocou no mercado à vista 571 milhões de dólares, o que ajudou a manter o dólar afastado dos picos intradiários.
O dólar chegou ao fim do pregão no mercado à vista com alta de 4,07%, a R$ 4,80. É o maior valor desde 24 de março passado (R$ 4,83) e a mais forte alta percentual diária desde 16 de março de 2020 (+4,86%).
Na semana, a moeda saltou 2,34%, maior ganho desde a semana finda em 19 de novembro de 2021 (+2,81%).
A alta desta sexta foi tão expressiva que reverteu a queda do dólar no mês. A moeda agora sobe 0,92% no acumulado de abril – até a sessão anterior, acumulava baixa de 3,03%.
Em 2022, o dólar amenizou a desvalorização para 13,76%.
(Com Reuters)
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