Gartner aposta em 3 tendências tecnológicas para os serviços financeiros em 2022

Instituto de pesquisa revela, ainda, que gastos com tecnologia da informação por empresas de serviços financeiros chegarão a US$ 623 bilhões em 2022
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Segundo o Gartner, 20% de todos os dados de teste para casos de uso voltados para o consumidor serão gerados sinteticamente até 2025 (Foto: Ismagilov)

Inteligência artificial generativa, sistemas autônomos e computação aprimorada de privacidade (PEC, do inglês Privacy-Enhancing Computation) são as três tendências tecnológicas que ganharão força nos serviços financeiros em 2022, segundo o Gartner, um dos principais institutos de pesquisa do mundo. De acordo com novo levantamento sobre o tema, essas tendências devem continuar a crescer nos próximos dois ou três anos, contribuindo para o avanço e a transformação das organizações de serviços financeiros. 

Para Moutusi Sau, analista e vice-presidente de pesquisas da companhia, embora o crescimento seja a principal prioridade, a necessidade de gerenciar riscos, otimizar custos e aumentar a eficiência também exige novas inovações tecnológicas.

“A inteligência artificial generativa permite que os executivos de TI, os CIOs, dos bancos ofereçam soluções de tecnologia para os negócios em busca de crescimento de receita, enquanto sistemas autônomos e computação de aprimoramento de privacidade são soluções de longo prazo que podem fornecer novas opções para a transformação dos negócios das organizações de serviços financeiros”, diz o especialista. 

Inteligência artificial generativa

Segundo o Gartner, 20% de todos os dados de teste para casos de uso voltados para o consumidor serão gerados sinteticamente até 2025. A inteligência artificial generativa aprende uma representação digital de artefatos a partir de dados e gera novas criações inovadoras que são semelhantes ao original, mas não o repetem. 

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Em serviços financeiros, a aplicação de redes generativas e geração de linguagem natural pode ser encontrada na maioria dos cenários para detecção de fraudes, previsão de negociação, geração de dados sintéticos e modelagem de fatores de risco. Tem potencial devido à capacidade de levar a personalização a novos patamares. 

Sistemas autônomos

São sistemas físicos ou programas autogerenciados que aprendem com seus ambientes e modificam dinamicamente seus próprios algoritmos em tempo real para otimizar seu comportamento em ecossistemas complexos.

Eles criam um conjunto ágil de recursos de tecnologia que suportam novos requisitos e situações, otimizam o desempenho e se defendem contra possíveis ataques – sem intervenção humana. 

Atualmente, os sistemas autônomos são, em sua maioria, baseados em soluções de software específicos para o contexto bancário. No entanto, robôs humanoides estão surgindo em filiais inteligentes, sendo exemplos de sistemas autônomos baseados em hardware e que atendem a clientes e colaboradores.

Eles poderiam ser aplicados na gestão autônoma de dívidas, assistentes de finanças pessoais e empréstimos automatizados. “Roboadvisors” são essencialmente sistemas autônomos de baixo nível, embora ainda existam preocupações de confiança devido ao seu alto nível de automação.

Segundo o Gartner, até 2024, 20% das organizações que vendem sistemas ou dispositivos autônomos exigirão que os clientes renunciem às cláusulas de indenização relacionadas ao comportamento que vier a ser aprendido de seus produtos. 

Computação de aprimoramento da privacidade

A PEC protege o processamento de dados pessoais em ambientes não confiáveis ​​- o que é cada vez mais crítico devido à evolução das leis de privacidade e proteção de dados, bem como às crescentes preocupações dos consumidores. Este conceito usa uma série de técnicas de proteção de privacidade para permitir que os dados sejam extraídos respeitando os requisitos de conformidade. 

Nos serviços financeiros, os dados têm um papel inerente em qualquer esforço de análise, computação e monetização de dados. A adoção da PEC está aumentando em casos de uso como análise de fraude, operações de inteligência, compartilhamento de dados e combate à lavagem de dinheiro. 

Segundo o instituto de pesquisa, 60% das grandes organizações usarão uma ou mais técnicas de computação de aprimoramento de privacidade em análises, inteligência de negócios ou computação em nuvem até 2025. 

Investimentos

Segundo os analistas do Gartner, os gastos com tecnologia da informação por empresas de serviços financeiros crescerão 6,1% em 2022, atingindo US$ 623 bilhões em todo o mundo.

A maior categoria de gastos são os serviços de TI, que incluem consultoria e serviços gerenciados e respondem por 42% do total dos aportes do setor, ou cerca de US$ 264 bilhões. A categoria que mais cresce é a de software, com previsão de aumento de 11,5%, o que significa uma movimentação de US$ 149 bilhões. 

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