Relembre 8 grandes feitos de mulheres brasileiras em 2021

De Fernanda Montenegro a Rayssa Leal, elas protagonizaram conquistas que marcaram a retrospectiva deste ano
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(Foto: Loic Venance/AFP)

Com o mundo ainda se recuperando da pandemia de Covid-19, pode-se dizer que 2021 não foi um ano fácil. No entanto, em meio a tantas crises e preocupações, algumas conquistas femininas se destacaram e entraram para a história. 

A skatista Rayssa Leal, por exemplo, aos 13 anos, se tornou a medalhista olímpica mais jovem do Brasil, conquistando o país com seu talento e sua energia. Já Fernanda Montenegro, aos 92, atingiu um novo marco em sua carreira ao integrar o seleto grupo de mulheres imortais da Academia Brasileiras de Letras (ABL). 

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De jovens a idosas, as mulheres brasileiras deram um show em 2021. Relembre, abaixo, 8 grandes feitos delas neste ano:

(Foto: Jonne Roriz/COB)
  1. Rebeca Andrade conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica feminina do Brasil 

Ao som de “Baile de Favela”, Rebeca Andrade parou o Brasil com sua performance na Olimpíada de Tóquio. Aos 22 anos, ela conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica feminina do Brasil, ao ficar com a prata no individual geral. Alguns dias depois, também conquistou a medalha de ouro na prova de salto, tornando-se a primeira brasileira com duas medalhas em uma mesma edição de Jogos Olímpicos. Sua atuação foi um marco histórico, o que fez com que a jovem recebesse uma homenagem do Comitê Olímpico do Brasil (COB): um painel com sua foto estampada dentro do Centro de Treinamento da Ginástica Artística (CTGA), localizado no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. 

Como se não bastasse, no mês de outubro, Rebeca Andrade conquistou duas medalhas no Mundial de Kitakyushu, no Japão. Com isso, a campeã olímpica em Tóquio também se tornou a primeira brasileira a conquistar duas medalhas em uma única edição de Mundial. 

(Foto: Leo Aversa/Divulgação)
  1. A carioca Sue Ann Costa Clemens foi condecorada pela Rainha Elizabeth ll pela sua atuação no desenvolvimento da vacina da Oxford/AstraZeneca.

Em setembro de 2021, a pesquisadora Sue Ann Costa Clemens foi condecorada pela Rainha Elizabeth II por sua atuação no desenvolvimento da vacina Oxford/Astrazeneca. Docente da Universidade de Oxford e do Instituto Carlos Chagas, além de chefe do comitê científico da Fundação Bill e Melinda Gates, a brasileira foi responsável por levantar do zero o financiamento para os testes do imunizante no Brasil e por coordenar os estudos nos seis centros de testagem no país (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Natal, Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul). Tendo vivenciado um momento marcante na história do país, Sue lançou um livro sobre os bastidores da corrida por uma vacina. A publicação “História de uma Vacina” foi lançada em outubro pelo selo “História Real” da editora Intrínseca. 

(Foto: Divulgação)
  1. Fernanda Montenegro se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras 

Como grande representante da cultura e da arte do Brasil, Fernanda Montenegro, aos 92 anos, tornou-se imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em novembro. A atriz foi a única concorrente à cadeira de número 17, deixada após a morte do diplomata Affonso Arinos de Mello Franco. A falta de competidores pela posição foi interpretada como uma homenagem e reflete o prestígio da dama do teatro – reconhecida como a única brasileira indicada ao Oscar em categoria de atuação, a primeira a ganhar um prêmio Emmy como melhor atriz e uma das artistas mais prolíficas do país, com mais de 80 filmes, novelas e minisséries – no Brasil.

(Foto: Divulgação)
  1. Rayssa Leal se tornou a medalhista olímpica mais jovem do Brasil 

Conhecida como “fadinha” no Brasil, Rayssa Leal fez história na estreia do skate em Olimpíadas, tornando-se a medalhista olímpica mais jovem do Brasil ao receber a medalha de prata na modalidade street da competição. Nascida em Imperatriz, no interior do Maranhão, Jhulia Rayssa Mendes Leal, 13 anos, ganhou o apelido em 2015, após um vídeo que mostrava a menina vestida de fada executando uma manobra bem difícil no skate, o “heelflip”, viralizar na internet. Desde então, a jovem skatista continuou a se aprimorar no esporte, até ganhar renome mundial em 2021. 

(Foto: Divulgação)
  1. A Bancada Feminina fez diferença na CPI da Covid 

As mulheres também tiveram um papel importantíssimo na política brasileira em 2021. Em março, 12 senadoras criaram a Bancada Feminina, que tem liderança rotativa e nasceu com o objetivo de fortalecer a atuação delas na política, buscando igualdade de gênero na administração pública. Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, fez parte desta criação no início do ano. No entanto, não foi apenas por esse motivo que ela, e tantas outras mulheres, ganharam destaque na mídia. Na CPI da Covid, a Bancada Feminina teve um grande peso. Foi a própria Simone que conseguiu fazer com que o deputado bolsonarista Luiz Miranda revelasse indícios de fraude na compra da Covaxin, o que fez com que o governo federal cancelasse a compra da vacina indiana. Apenas um exemplo do poder feminino na política. 

(Foto: Divulgação)
  1. Leila Pereira foi eleita a primeira presidente mulher da história do Palmeiras

Para aqueles que acreditam – erroneamente – que, assim como a política, o futebol não é para mulher, 2021 provou o contrário. Em outubro, Leila Pereira, 57 anos, foi eleita como a primeira presidente da história do Palmeiras. Presidente da Crefisa e da Faculdade das Américas, ela era candidata única no pleito e precisava obter a maioria simples de votos para confirmar a vitória – o que conseguiu com maestria. Foram 1897 dos 2141 votos na assembleia de sócios, o que faz de Leila a nova comandante do time paulista pelos próximos três anos. “Em 107 anos de história desse time gigante, ser eleita como a primeira mulher presidente do clube é uma honra. Fico muito honrada de servir de inspiração para as mulheres e para todos que batalham e são determinados. Mulheres do meu Brasil e do mundo, nós podemos o que quisermos”, disse em nota oficial. 

(Foto: Divulgação)
  1. OAB-SP elegeu a primeira mulher presidente da sua história 

No campo jurídico, a criminalista Patrícia Vanzolini, 49 anos, também marcou o ano ao ser eleita a primeira mulher presidente da seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Após disputa acirrada com o candidato à reeleição, Caio Augusto Silva dos Santos, Patrícia assegurou o mandato de três anos, entre 2022 e 2024. Desde a sua criação, em 1932, a instituição não havia elegido nenhuma mulher para o cargo de presidente. Além de Patrícia, que obteve 64.207 votos (35,8%), Dora Cavalcanti também concorreu ao cargo, mas ficou em terceiro lugar, com 18.351 votos (10,23%).

(Foto: Divulgação)
  1. Neiva Guedes entrou para o seleto “hall da fama” da ONU Mulheres ao salvar as araras-azuis da extinção

Mais do que uma conquista pessoal, os feitos de 2021 tem um impacto direto no mundo, e isso fica muito claro quando se observa a atuação de Neiva Guedes, que entrou para o “hall da fama” da ONU Mulheres ao salvar as araras-azuis da extinção. Há quase 40 anos estudando o comportamento da espécie, a brasileira fundou o Instituto Arara Azul e foi responsável pelo desenvolvimento de técnicas para a criação de ninhos artificiais, nos quais as aves podem se reproduzir e lutar naturalmente contra seu desaparecimento. Sua dedicação de mais de 30 anos ao mundo animal salvou a espécie da extinção. 

Além de integrar o grupo de mulheres cientistas da ONU, Neiva também virou personagem da “Turma da Mônica”, uma maneira de homenagear sua luta de décadas.

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