Atualmente, apenas 36,9% das vagas de tecnologia são ocupadas por mulheres no Brasil, segundo levantamento realizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). No cenário global, as estatísticas também depõem contra elas: de acordo com estimativas do Fórum Econômico Mundial, ainda levará 136 anos para que a equidade de gênero seja atingida no mercado de trabalho.
De olho nisso, a empresa de energia EDP acaba de lançar uma campanha global para alavancar a presença feminina em carreiras relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Intitulado “#REBELSFORCHANGE”, o programa incluirá, além de visibilidade ao tema, intervenções nas redes sociais, mobilizações em escolas e ofertas de vagas pelo site da empresa.
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A iniciativa também pretende acelerar as metas internas da companhia, que incluem uma representatividade feminina de, no mínimo, 30% até 2025. “Queremos promover a participação feminina em funções da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática e, desta forma, contribuir para despertar nas mulheres jovens a vocação para essas áreas. Temos essa responsabilidade com a sociedade e é um compromisso que assumimos”, explica Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP.
Já a atenção especial dispensada ao público infantil e adolescente vem como resultado de uma experiência promovida pela empresa entre crianças de quatro e 12 anos de idade. Nela, foi pedido aos alunos de um colégio que associassem alguns trabalhos a uma figura feminina e outra masculina. Como resultado, as profissões ligadas à engenharia e exatas foram ligadas ao homem, evidenciando a herança cultural em torno das decisões profissionais.
A ação também incluirá depoimentos de colaboradoras da EDP que atuam em cargos de engenharia e tecnologia, incentivando que outras mulheres se interessem por esse tipo de trabalho. “Campanhas como esta são fundamentais para ajudar a eliminar obstáculos que impedem as mulheres de ter acesso a carreiras nestas áreas de conhecimento para fazer do mundo um lugar melhor e igualitário para todos”, completa o executivo.
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