Médica brasileira entra na lista de cientistas mais influentes do mundo

Angelita Gama é reconhecida por alterar o paradigma adotado durante quase todo o século 20 quanto ao método para o tratamento do câncer do reto baixo
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Clayton de Souza/Estadao/Conteudo Arquivo
Especialista na área, a médica é destaque nos avanços da coloproctologia – estudos de doenças do intestino grosso, do reto e do ânus (Foto: Clayton de Souza/Estadao/Conteudo Arquivo)

Responsável pela publicação de mais de 200 artigos científicos em revistas indexadas no PubMed, fundadora da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci) e coordenadora brasileira do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (Omge). Essas são apenas algumas funções de Angelita Gama, médica e pesquisadora brasileira reconhecida pela Universidade de Stanford (EUA) como uma das cientistas mais influentes do mundo. 

Mais do que justa, a colocação na lista reconhece o impacto de Angelita na evolução do tratamento do câncer de reto baixo, mudando completamente o paradigma mundial adotado durante quase todo o século 20 quanto ao método para o tratamento do carcinoma. Com sua proposta, baseada em pesquisas clínicas feitas em 1981 por ela e sua equipe, a comunidade científica concordou que o tipo de câncer estudado pela brasileira deveria ser conduzido – inicialmente – com quimioradioterapia, postergando-se a ressecção cirúrgica.

Especialista na área, a médica continuou sendo destaque nos avanços da coloproctologia – estudos de doenças do intestino grosso, do reto e do ânus. Como primeira mulher residente em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, criou a disciplina de coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.

Além disso, ao longo de sua trajetória, Angelita também foi presidente da Sociedade Brasileira e da Sociedade Latino-Americana de Coloproctologia e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva. Organizou e presidiu, ainda, o Fórum Internacional de Câncer do Reto, em novembro de 2007, em São Paulo. Hoje, é membro honorária da sociedade científica American Surgical Association e reconhecida pelas organizações European Surgical Association, Italian Surgical Association, American Society of Colon and Rectal Surgeons e Royal College of Surgeons of England. 

“Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras”, disse Angelita sobre a novidade. Segundo ela, o relatório – preparado por uma equipe de especialistas liderada por John Ioannidis, professor eminente da Universidade de Stanford – pode servir de inspiração para outros médicos e cientistas.

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