Dólar inicia maio em leve queda por exterior, mas com radar em Brasília

No exterior, o índice da moeda norte-americana cedia 0,31%, com a divisa em baixa frente aos pares mais próximos do real
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O dólar começou maio em queda ante o real, com o ambiente externo benigno estimulando investidores a devolver uma fração da forte alta da sessão anterior.

O dólar à vista caiu 0,24%, a R$ 5,4182. Na sexta, a cotação havia saltado 1,81%.

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O noticiário doméstico foi leve, o que direcionou as atenções para o movimento externo. Lá fora, o índice da moeda norte-americana cedia 0,31%, com a divisa em baixa frente aos pares mais próximos do real.

Wall Street fechou em alta, com as ações globais ainda próximas de recordes históricos, enquanto o petróleo também avançou –combinação que indica perspectiva de rápido crescimento econômico mundial, o que tende a beneficiar ativos de risco como moedas emergentes, grupo do qual o real faz parte.

“E vejo espaço para o dólar cair mais”, disse Rafael Fernandes, sócio da RIVA Investimentos, que destaca um ambiente melhor para discussão sobre reformas em meio à aceleração da vacinação.

Fernandes disse que por ora tem evitado recomendação de ativos dolarizados justamente pela perspectiva de mais alívio na taxa de câmbio, com chances de a moeda se estabilizar em torno de R$ 5,20, R$ 5,30. “Perto de R$ 5,10 não planejo ficar vendido”, ressalvou.

“Ainda pode haver alguns ruído por causa da CPI (da Covid) neste mês, mas dadas as atuais condições o dólar teria mais espaço para cair”, completou.

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Em meio a reveses ao governo na CPI, o Executivo tem tentado gerar fatos positivos no âmbito das reformas econômicas. O relatório da reforma tributária será lido na terça-feira em reunião da comissão mista do Congresso que discute o tema, informou a assessoria do relator do texto, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), nesta segunda-feira.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia anunciado que receberia o relatório final da reforma tributária hoje (3), reiterando que sua aprovação é prioridade.

(com Reuters)

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