No mês da Visibilidade Menstrual, a médica ginecologista e ex-BBB Marcela Mc Gowan lançou, neste domingo (30), um bazar beneficente em suas redes sociais. A ideia é que todas as vendas sejam revertidas na compra e doação de absorventes para mulheres em situação de pobreza menstrual.
Em suas redes sociais, Marcela, que faz parte do conselho de administração da EQL, deu detalhes sobre o bazar. “Está rolando o nosso bazar Diga Menstruação que entrou no ar hoje. Tudo que está lá vai ser revertido em compra de absorventes para ajudar instituições. Tem coisas minhas e outras que lojas me mandaram novinhas”.
As peças são vendidas a preços populares, entre R$ 40 e R$ 260, em uma plataforma de compras online. Você pode acessar o site clicando aqui.
No último dia 24, a ginecologista deu início ao projeto #DigaMenstruação e ao longo da semana publicou uma série de conteúdos, como vídeos, lives, rifas e postagens educacionais para falar sobre menstruação e ajudar a combater a pobreza menstrual.
“Dentro das estratégias de combate a pobreza menstrual, tem algumas coisas que eu consigo fazer. Uma delas é ajudar a quebrar o tabu sobre a menstruação. Duas, trazer informação sobre menstruação e três, reunir recursos pra fazer doações de absorventes”, disse em seu Instagram.
“Vocês já perceberam tanto que a gente tem dificuldade de falar sobre o assunto? A gente fica toda tensa ao falar que ‘desceu pra mim’. A gente parece que vai no banheiro com absorvente, parecendo que tá levando alguma coisa ilegal e criminosa. Então, então eu quero naturalizar a gente falar sobre esse assunto”, acrescentou.
Pobreza menstrual
O termo “pobreza menstrual” está relacionado à falta de recursos que mulheres passam para manter higiene no período da menstruação, por falta de dinheiro ou até saneamento básico.
O relatório “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, lançado na sexta-feira (28), pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mostrou que no Brasil, cerca de 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.